Telegram precisa de US$ 700 milhões para pagar dívidas em abril

Após aumento considerável no número de usuários recentemente, Telegram tem dívida de US$ 700 milhões, de acordo com jornal

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Aplicativo do Telegram (Imagem: Ulises Hernandez Pino/Flickr)
Aplicativo do Telegram (Imagem: Ulises Hernandez Pino/Flickr)

O Telegram viveu em uma fase de bonança devido a um crescimento notável nos últimos meses. Ainda assim, o mensageiro precisa desembolsar por volta de US$ 700 milhões (cerca de R$ 3,9 bilhões em conversão direta) para pagar dívidas em abril, segundo documentos e pessoas a par do assunto ouvidas pelo Wall Street Journal.

A conta chega após um disparo considerável no serviço nos últimos tempos. Conforme relatado pelo jornal americano nesta segunda-feira (15), os gastos com infraestrutura estão subindo junto com o crescimento do mensageiro, que chegou a bater a marca de 500 milhões de usuários em janeiro.

Algumas alternativas para aumentar a receita estão nos planos do Telegram, como a oferta de anúncios em canais públicos. Neste caso, um porta-voz da companhia explicou ao Wall Street Journal que o recurso irá utilizar tópicos, e não dados dos usuários, para direcionar a publicidade e que terá foco inicial na Ásia, Europa Oriental e Oriente Médio.

Outra opção fica pela oferta de serviços premium aos usuários; os detalhes sobre o plano, porém, ainda são um mistério. Os responsáveis pelo mensageiro também estão emitindo até US$ 1,5 bilhão em dívidas aos investidores para quitar o débito. Para isto, a companhia promete oferecer desconto nas ações caso abra o capital no futuro.

Questionado pelo jornal, o porta-voz do Telegram não comentou sobre a dívida.

Telegram cresce em meio à polêmica do WhatsApp

Os relatos surgiram após um período de crescimento do mensageiro. Só em meados de janeiro, por exemplo, o Telegram chegou a 500 milhões de usuários durante a polêmica causada pela nova política de privacidade do WhatsApp. Na mesma época, o aplicativo disparou na App Store e Google Play Store de vários países ao lado do Signal.

No mesmo mês, o aplicativo ainda liderou e alcançou 63 milhões de downloads no mundo todo, levando em consideração as duas lojas de aplicativos. Na crista da onda, o Telegram até apresentou uma ferramenta para importar conversas de outros mensageiros, como o WhatsApp, por exemplo.

“Nos últimos sete anos e meio, defendemos consistentemente a privacidade de nossos usuários e melhoramos regularmente a qualidade e o conjunto de recursos de nossos aplicativos”, disse Pavel Durov, fundador do mensageiro, em fevereiro. “Qualquer pessoa que permanece fiel a seus valores e aplica um esforço concentrado por um longo período de tempo está fadada ao sucesso em sua área”.

Com informações: The Wall Street Journal

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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