Twitter prepara o terreno para se tornar uma plataforma de pagamentos

Empresa já se cadastrou no Tesouro dos EUA e agora cumpre etapas burocráticas em estados do país; Elon Musk quer transformar rede social em "super app"

Giovanni Santa Rosa
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Logotipo do Twitter
Twitter (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

Depois de muitas polêmicas, os planos de Elon Musk para os negócios do Twitter vão sendo colocados em prática. A empresa está começando a se mexer nos bastidores para ganhar recursos de pagamentos. A ideia é que a rede social passe a oferecer recursos de um banco ou carteira digital, como contas de depósitos, cartões de débito e transferências.

As informações são de uma reportagem do jornal Financial Times. Segundo a publicação, o Twitter vem se registrando para obter as licenças necessárias para atuar no setor financeiro.

Em novembro, a companhia já se cadastrou no Tesouro dos EUA como uma plataforma de processamento de pagamentos. Agora, a empresa corre atrás dos documentos necessários em alguns estados do país para fornecer serviços nesta área.

Além da parte regulatória, o Twitter está de olho na parte técnica. Esther Crawford, diretora de gerenciamento de produto da empresa, está mapeando a arquitetura necessária para intermediar pagamentos na rede social. Ela trabalha com uma equipe pequena.

Outra iniciativa é estudar a criação de um cofre para guardar dados dos usuários que seriam coletados pelo novo sistema.

Em um primeiro momento, o Twitter trabalharia com moedas tradicionais. Musk, no entanto, deseja que o Twitter ofereça suporte a criptomoedas futuramente.

Pagamentos podem ser fonte de receita para Twitter

Não é a primeira vez que o Twitter flerta com o setor de pagamentos como uma forma de ganhar mais dinheiro. Nos últimos anos, antes de ser comprada por Elon Musk, a rede social apostou em recursos como o Super Follow.

Com ele, um usuário pode cobrar uma mensalidade para que seguidores acessem conteúdo exclusivo. A empresa fica com uma porcentagem desse dinheiro.

O Twitter também criou uma subsidiária, a Twitter Payments LLC, para atuar nesta área. Crawford, inclusive, já assumiu o comando deste braço da rede social.

Os planos de Elon Musk, porém, são bem mais ousados. Ele pretende transformar o Twitter em um “super app”, daqueles que fazem tudo. Daí a intenção de ir além de assinaturas. A ideia é que usuários da rede social também possam fazer compras e transferências.

Vale lembrar que Musk tem experiência nessa área. Em 1999, ele fundou a X.com, banco online que se tornou parte do PayPal.

Com informações: Financial Times.

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Giovanni Santa Rosa

Giovanni Santa Rosa

Repórter

Giovanni Santa Rosa é formado em jornalismo pela ECA-USP e cobre ciência e tecnologia desde 2012. Foi editor-assistente do Gizmodo Brasil e escreveu para o UOL Tilt e para o Jornal da USP. Cobriu o Snapdragon Tech Summit, em Maui (EUA), o Fórum Internacional de Software Livre, em Porto Alegre (RS), e a Campus Party, em São Paulo (SP). Atualmente, é autor no Tecnoblog.

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