Na semana passada, clientes da Coinbase tiveram uma surpresa bem desagradável: a casa de câmbio para criptomoedas estava fazendo múltiplas cobranças para uma mesma transação. Em um dos casos, a empresa descontou US$ 1 mil dezessete vezes; “estou oficialmente falido”, disse o usuário.

Agora, a Visa assumiu a responsabilidade — mas não a culpa — pelo que aconteceu. Ela diz que “este problema não foi causado pela Coinbase”, e promete que todos os clientes afetados serão reembolsados.

Foto por Jon Russell/Flickr

Inicialmente, a Visa pareceu jogar a culpa na Coinbase, dizendo que “não realizou nenhuma alteração de sistema que resultaria em transações duplicadas”.

Então, algum tempo depois, a Visa e a Worldpay — que processa pagamentos para a Coinbase — emitiram um comunicado conjunto. Elas dizem que “alguns clientes que usaram um cartão de crédito ou débito na Coinbase podem ter visto transações duplicadas em suas contas”.

Por isso, elas vêm trabalhando para que “as transações duplicadas sejam revertidas”, e dizem que isso deve aparecer na conta “dentro dos próximos dias”. Se o problema persistir, elas pedem que o cliente “entre em contato com o banco que emitiu o cartão”.

Dan Romero, vice-presidente da Coinbase, reitera no Twitter: “este foi um problema da Visa/Worldpay” que só elas podem resolver. A startup tem 10 milhões de clientes cadastrados, e vale US$ 1,6 bilhão.

No entanto, usuários do Reddit vêm relatando que ainda não conseguiram obter o reembolso das múltiplas cobranças. E há quem esteja extremamente irritado: um dos tópicos literalmente diz “alguém quer aparecer na sede da Coinbase com armas até que eles nos reembolsem?” — e não era brincadeira. O tópico do Reddit foi trancado, e o usuário apagou a conta.

Good lord he’s still going. pic.twitter.com/J3snxwG2xO

— Buttcoin (@ButtCoin) February 16, 2018

Com informações: TechCrunch, The Next Web.

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Escrito por

Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.