Vivo tem alta de 25% no lucro com crescimento do pré-pago e fibra óptica
Vivo tem lucro líquido de R$ 1,21 bilhão no segundo trimestre de 2020, mas registra queda na receita líquida e investimentos
Vivo tem lucro líquido de R$ 1,21 bilhão no segundo trimestre de 2020, mas registra queda na receita líquida e investimentos
A Telefônica Vivo divulgou os resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2020. A empresa registrou alta de 25,5% no lucro líquido no comparativo com o ano anterior graças ao crescimento de linhas do pós-pago e queda nos investimentos. A companhia também comemora aumento na receita do pré-pago e prevê cobertura de fibra óptica em 268 cidades até o final do ano.
Estes são os destaques financeiros do terceiro trimestre de 2020 e a comparação com o mesmo período de 2019:
Indicador | 3T 2020 | 3T 2019 | Diferença |
Receita operacional líquida | R$ 10,79 bilhões | R$ 11,04 bilhões | -2,3% |
Custos operacionais | R$ 6.47 bilhões | R$ 6,98 bilhões | -3,7% |
EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização | R$ 4,32 bilhões | R$ 4,06 bilhões | -4,8% |
Lucro líquido | R$ 1,21 bilhão | R$ 1,04 bilhão | +25,5% |
Capex (investimentos) | R$ 1,8 bilhão | R$ 2,43 bilhões | -25,8% |
Clientes (total de acessos) | 93,7 milhões | 93,7 milhões | 0% |
O braço de telefonia móvel é o mais importante nos números da Vivo: o segmento corresponde a R$ 7,16 bilhões de toda a receita operacional líquida da companhia, e não teve crescimento na comparação com o ano anterior. A empresa afirma que a receita do pós-pago recuou 2,5% por conta do aumento dos preços “em tempos de adversidade”, se referindo à crise econômica causada pela pandemia de coronavírus.
A Vivo fechou o trimestre com 76,1 milhões de linhas móveis (+3,9% no comparativo anual), das quais 43,9 milhões são do segmento pós-pago (+3,9%), 32,7 milhões estão no pré-pago (+3,9%) e outras 10,2 milhões correspondem a acessos M2M (+8,4%), como máquinas de cartão de crédito e rastreadores.
O ARPU (gasto médio mensal por usuário) foi de R$ 28,50, queda de R$ 3,10. A Vivo diz que a redução reflete o crescimento no pré-pago e a sazonalidade de aumentos de preços em relação ao ano anterior. O pré-pago teve alta de R$ 5,20 no custo médio, atingindo a marca de R$ 13,40, bem como aumento de 13% na receita.
A receita líquida de serviços fixos foi de R$ 3,6 bilhões no período, queda de 6,6% no comparativo anual. Os serviços prestados com fibra óptica representam apenas 31% de toda a receita fixa, mesmo com crescimento de anual de 47,3%.
A receita de banda larga cresceu 5,4% por conta da evolução do serviço de fibra óptica (FTTH) e a migração dos clientes para velocidades mais altas. Já a TV por assinatura teve queda de 9% – a alta de 26,9% na receita do serviço de IPTV por fibra óptica não supera o impacto das desconexões de acessos via satélite (DTH).
A Vivo comemora o percentual de receita dos “negócios que crescem” ultrapassam os negócios legados. No entanto, a empresa considera o serviço de FTTC (cobre) como parte dos negócios que crescem junto a serviços prestados com FTTH, IPTV, dados corporativos e TIC, enquanto as tecnologias legadas são xDSL (na área da antiga Telefônica), DTH, voz e outros.
A empresa trabalha na expansão da rede de FTTH e construiu cobertura para mais 1,5 milhão de casas, totalizando 14,6 milhões de domicílios em 244 municípios aptos para contratar o serviço Vivo Fibra. A operadora espera terminar o ano de 2020 com cobertura de fibra para 16 milhões de casas em 268 cidades.
Com informações: Telefônica Brasil
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