Vivo é multada em R$ 46 milhões com base na Lei Anticorrupção

Vivo ofereceu ingressos para Copa do Mundo de 2014 para agentes públicos e será multada em 0,1% do faturamento

Lucas Braga
• Atualizado há 2 anos e 11 meses
Site da Vivo informando sobre decisão condenatória. (Imagem: Reprodução/Site Vivo)

A Controladoria Geral da União (CGU) aplicou uma multa no valor de R$ 45,7 milhões para a Vivo. A operadora recebeu uma sanção administrativa prevista pela Lei Anticorrupção após conceder ingressos da Copa do Mundo de 2014 para agentes públicos.

Em fato relevante, a Vivo informa que a distribuição dos ingressos ocorreu “no contexto de ações de marketing e promoção institucional”, o que é considerado incompatível pela CGU nos termos da Lei Anticorrupção. A legislação considera como ato lesivo à administração pública “prometer, oferecer ou dar, direta ou indiretamente, vantagem indevida a agente público”.

De acordo com a Vivo, a União não identificou “vantagens auferidas ou pretendidas” pela companhia por conta dos ingressos oferecidos, e que a cooperação junto ao órgão público deixou a multa no patamar mínimo estabelecida pela lei, que é 0,1% do faturamento bruto de 2018.

Vivo terá que veicular decisão em site e jornais

Além de pagar a multa, a Vivo terá de informar à população brasileira sobre o processo. Ela deverá colocar um banner no seu site e na página da Telefônica Brasil por 30 dias, com chamada para a decisão condenatória em “local de fácil visualização e em destaque, antes do início da rolagem” e tamanho não-inferior a 300×250 pixels.

A Vivo também terá que veicular a decisão em um dos quatro jornais impressos de circulação nacional com maior tiragem, ocupando pelo menos 25% de uma página do primeiro caderno ou nos respectivos portais da internet.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.