Vivo revela sensor 3D com mais pontos que Face ID da Apple

Paulo Higa
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• Atualizado há 1 ano e 6 meses

A fabricante chinesa Vivo vem se destacando no mercado de smartphones por trazer tecnologias novas: ela apresentou recentemente o NEX, um celular sem notch, quase sem bordas, com câmera frontal retrátil e um leitor de digitais na tela. Agora, a empresa revelou uma tecnologia de sensor 3D que promete ser bem melhor que o Face ID, utilizado pela Apple no iPhone X.

O sensor pode ser instalado ao lado da câmera frontal de um smartphone e conta com 300 mil pontos de reconhecimento facial e de objetos, contra 30 mil do iPhone X. Além disso, enquanto o Face ID é projetado especificamente para identificar seu rosto, a tecnologia da chinesa é mais flexível, prometendo mapear objetos a até três metros de distância.

E como isso funciona? Basicamente, o sensor envia milhares de pulsos de luz a um rosto ou objeto e calcula o tempo que eles demoram para retornar ao sensor. Quanto menor o tempo gasto, mais próximo aquele ponto está. Assim, é possível mapear qualquer coisa em três dimensões.

O sensor pode ser utilizado para desbloquear um aparelho por biometria e melhorar a qualidade das selfies — especialmente com recursos que borram o plano de fundo. A Vivo conta ao The Verge que a tecnologia também pode escanear o corpo inteiro de uma pessoa para que ela experimente roupas virtualmente. E, por causa da grande distância de ação, há aplicações em realidade aumentada.

A Vivo não informou quando o sensor equipará algum smartphone da marca, mas diz que não se trata de um mero conceito. Dada a velocidade em que os chineses estão colocando novas tecnologias em produtos comerciais, eu não me surpreenderia em ver isso em breve nas lojas.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.