Há anos se fala da chegada da Vodafone ao Brasil, mas só agora esta previsão se tornou realidade. Sendo umas principais operadoras de telecomunicações da Europa, esta notícia poderia ser empolgante, não fosse o fato da estreia não ocorrer necessariamente da maneira que nós, na condição de consumidores finais, esperaríamos.
As operações da companhia britânica serão fruto de uma parceria com a brasileira Datora Telecom. Com o acordo, esta última mudará o nome da Datora Mobile, operadora que atua em terras tupiniquins desde 2012 prestando serviços M2M (Machine-to-Machine), para “Vodafone Brasil”.
Apesar de não se tratar de uma aquisição, de um investimento acionário ou de qualquer coisa do tipo, a operadora irá se reportar diretamente à Vodafone Enterprise, divisão que oferece serviços de telecomunicações para empresas em diversos países, embora estivesse ausente do Brasil até então.
De fato, soluções M2M são essencialmente corporativas. Em poucas palavras, são serviços em que dispositivos se intercomunicam via redes móveis ou fixas sem intervenção humana. A ideia, no caso desta parceria, é aproveitar as oportunidades que surgirão no Brasil em virtude da Copa de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Como o nome “Vodafone” é conhecido mundialmente, em tese, ficará mais fácil conquistar clientes.
A Datora Telecom tem aumentado sua participação no mercado brasileiro atuando como operadora móvel virtual (MVNO – Mobile Virtual Network Operator). É por esta modalidade que a parceria com a Vodafone foi firmada e autorizada.
Em meados de 2012, a Porto Seguro também fechou uma parceria com a Datora para criar uma operadora virtual, no caso, de nome Porto Seguro Conecta. Esta também iniciou suas operações explorando serviços M2M, mas recentemente passou a oferecer também chips de linhas móveis a consumidores finais da cidade de Santos (SP), com previsão de estender a oferta a outras localidades paulistas ainda em 2013.
Se a Porto Seguro passou a vender planos para celular, também é possível levantar esta possibilidade em relação à Vodafone, mas não há qualquer intenção declarada quanto a isso. No que diz respeito ao Brasil, os olhos da empresa estão voltados apenas para o segmento corporativo e deverá ser assim por pelo menos um bom tempo.
Com informações: Teletime, Valor