Algumas VPNs populares (e pagas) estão coletando muitos dados sobre você
O uso de dados pessoais por empresas voltou ao centro das discussões nos últimos dias por conta do escândalo Cambridge Analytica. A revelação do caso em uma reportagem mostrou que informações de usuários do Facebook foram usadas para influenciar a corrida presidencial que elegeu Donald Trump como presidente dos EUA.
Agora, uma nova pesquisa deixa claro que não devemos nos preocupar apenas com as redes sociais. A privacidade também está em jogo ao usar uma VPN paga, já que alguns serviços estão tendo acesso a muitos dados.
De acordo com o The Best VPN, 26 das VPNs mais populares no mundo coletam três ou mais informações dos usuários. Isso inclui registros como endereço de IP, localização, dados do provedor e horário da conexão. Em teoria, as empresas que cobram pelo serviço prometem justamente o contrário: oferecer mais privacidade.
Algumas empresas dizem que não armazenam informações sobre os usuários. A PureVPN, por exemplo, afirma em sua política de privacidade que nem ela pode ver o que as pessoas fazem na internet: “Não monitoramos a atividade do usuário nem mantemos qualquer registro”, diz. No entanto, o levantamento mostra que ela mantém nome, e-mail, telefone, IP, dados sobre a largura da banda e registros de conexão.
A lista traz serviços como HideMyAss!, Hotspot Shield e VyprVPN, que cobram até 16 euros por mês para oferecer o serviço. E as redes privadas virtuais têm se popularizado: segundo o The Next Web, o setor espera movimentar US$ 70 bilhões até 2019.
Outros serviços que também são questionáveis ficaram de fora. Um deles é o Onavo Protect, do Facebook. Ele promete dar mais segurança, mas admite que analisa sua atividade em aplicativos. Essas informações são usadas para fornecer “uma análise de mercado e outros serviços para afiliados e terceiros”.
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