WhatsApp limita encaminhamento de mensagens para evitar fake news

Atualização do WhatsApp que restringe recurso de encaminhar vídeos, áudios e outras mensagens chega após linchamentos na Índia

Paulo Higa
• Atualizado há 3 anos
WhatsApp / Pixabay

O WhatsApp continua lançando funcionalidades para combater fake news depois que 27 pessoas morreram na Índia devido a boatos espalhados pela plataforma. Na noite desta quinta-feira (19), o aplicativo de mensagens começou a limitar o recurso de encaminhar mensagens, em uma tentativa de impedir que conteúdos falsos viralizem.

A mudança já entrou em vigor no mundo inteiro, embora o WhatsApp esteja tratando-a como um “teste”. Com a atualização, os usuários poderão encaminhar uma mensagem para no máximo 20 pessoas ou grupos por vez. É uma redução bem drástica: até então, todos podiam espalhar um conteúdo para até 250 chats por vez.

A ideia é que as fortes restrições dificultem que as mensagens se disseminem rapidamente dentro do WhatsApp, especialmente boatos e spam — embora não acabe com o problema. Como o aplicativo de mensagens tem criptografia de ponta a ponta, é difícil saber a origem de um boato ou mesmo filtrar informações enganosas.

Na Índia, “onde as pessoas encaminham mais mensagens, fotos e vídeos que qualquer outro país no mundo”, segundo o WhatsApp, o limite será de apenas 5 chats por vez. Além disso, o recurso que permite encaminhar um conteúdo rapidamente não estará mais disponível no país.

Em nota, a empresa diz que as mudanças “vão ajudar a manter o WhatsApp do jeito que ele foi projetado para ser: um aplicativo de mensagem privadas”. Outras atualizações para combater desinformação “continuarão sendo avaliadas”, segundo o WhatsApp.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.