A Microsoft vem reforçando o suporte a tecnologias para quem tem necessidades especiais, e está adicionando um novo recurso ao Windows para pessoas com dificuldade em manusear teclado e mouse.

A versão mais recente do Windows 10 tem suporte nativo a rastreamento de olhos, permitindo controlar o cursor, digitar com o teclado virtual e operar ferramentas para conversão texto-voz.

Por enquanto, o recurso está disponível em beta apenas para Windows Insiders, e para donos de um Tobii Eye Tracker 4C. Em breve, o suporte será expandido para o PCEye Mini, PCEye Plus, EyeMobile Plus, entre outros.

A Tobii oferece diversos dispositivos para rastreamento de olhos, voltados para usuários com limitações motoras, pesquisadores de visão, e até para gamers.

No Windows 10, você pode olhar para um elemento da interface e o cursor se desloca até ele; então você clica com um toque no touchpad. O mesmo funciona para o teclado virtual: olhe para cada tecla e vá tocando no touchpad para digitar.

O Eye Tracker 4C também tem alguns recursos avançados, como desligar a tela quando você se afasta do PC; dispensar notificações após olhar para elas; e fazer login sem senha através do Windows Hello.

A ideia de integrar rastreamento ocular no Windows 10 veio de um hackathon. Steve Gleason, ex-jogador de futebol americano, tem esclerose lateral amiotrófica (ELA) e desafiou os funcionários da Microsoft a desenvolverem uma tecnologia que pudesse ajudar outras pessoas com essa deficiência.

O vencedor do desafio, realizado em 2014, foi o “Ability EyeGaze”: ele permite operar uma cadeira de rodas através de movimentos dos olhos e um tablet Surface. Os engenheiros da empresa pegaram a ideia e a incorporaram no Windows 10.

A Microsoft também incluiu um recurso de texto-voz no Word pensado para usuários com dislexia; e tem um programa de contratação voltado para autistas.

Com informações: Microsoft, Tobii, GeekWire.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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