YouTube proíbe conteúdo supremacista e promete remover vídeos

Os vídeos que afirmam a superioridade de um grupo como justificativa para discriminação não serão publicados no YouTube

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 3 anos
YouTube / Christian Wiediger / Unsplash

O YouTube começou a aplicar nesta quarta-feira (5) regras mais rígidas para limitar a disseminação de conteúdo de ódio. A plataforma passou a proibir explicitamente vídeos que defendam a superioridade de um grupo como justificativa para discriminação, segregação ou exclusão.

Em comunicado, o YouTube afirmou que removerá  vídeos que aleguem a supremacia de um grupo com base em características como “idade, gênero, raça, casta, religião, orientação sexual ou situação de veterano de guerra”.

Com as novas regras, também serão removidos vídeos que neguem a existência de fatos violentos amplamente documentados. Nos exemplos apresentados pela plataforma, estão episódios como o Holocausto e o massacre tiroteio na escola Sandy Hook.

A proibição já está valendo, mas, segundo o próprio YouTube, o sistema levará algum tempo para estar totalmente calibrado. O objetivo é aumentar sua cobertura nos próximos meses para limitar ao máximo vídeos com discurso de ódio.

“Sabemos que esse tipo de vídeo pode ter valor para pesquisadores e ONGs que buscam compreender o ódio com o objetivo de combatê-lo, e estamos avaliando formas de disponibilizar as imagens no futuro, para fins de estudos”, afirma a rede social.

“Como sempre, o contexto é extremamente importante. Por isso alguns vídeos talvez continuem no ar, nos casos em que discutam assuntos como legislações à espera de aprovação, exponham ou condenem o ódio ou ofereçam uma análise dos acontecimentos”.

YouTube também quer reduzir conteúdo duvidoso

Ainda no comunicado, o YouTube apresentou planos de reduzir a disseminação de vídeos com conteúdo duvidoso e informações enganosas e prejudiciais. Desde janeiro, a plataforma realiza testes nos Estados Unidos que reduziram as recomendações desse tipo de conteúdo.

Os vídeos como os que promovem falsas curas milagrosas para doenças ou que afirmam que a Terra é plana registraram uma queda de mais de 50% no número de visualizações obtidas com recomendações. A mudança deve ser levada para mais países até o final de 2019.

“Nosso sistema está ficando cada vez mais bem treinado para reconhecer vídeos que mereçam esse tratamento, e com o tempo poderemos tomar essas medidas com mais e mais conteúdo duvidoso”, afirma o YouTube.

O plano também prevê mais recomendações para vídeos produzido por fontes sérias. “Um exemplo: se um usuário assiste a um vídeo que se aproxima dos limites permitidos pelas nossas regras, o sistema poderá mostrar mais vídeos de fontes confiáveis (como programas de notícias) no painel ‘Próximo’, sugerindo conteúdo de qualidade para ser assistido em seguida”, afirma a plataforma.

Para limitar a disseminação de discurso de ódio, o YouTube atualizará as políticas de seu Programa de Parceiros. A plataforma passará a suspender criadores que se aproximarem com frequência dos limites, fazendo com que eles não possam exibir anúncios ou usar recursos como o Super Chat.

Com informações: Google.

Leia | Como controlar a exibição de conteúdo sensível no Instagram

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.