YouTube remove teorias de conspiração sobre COVID-19 e 5G
A plataforma prometeu ser mais rígida depois que pessoas incendiaram antenas 5G no Reino Unido
A plataforma prometeu ser mais rígida depois que pessoas incendiaram antenas 5G no Reino Unido
Em meio a uma pandemia, teorias da conspiração são tudo o que o mundo não precisa. A última delas relaciona a COVID-19, doença causada pelo coronavírus, com o 5G. O YouTube, que abriga vários vídeos com esse teor, anunciou que removerá todos os que violarem suas políticas.
Isso inclui os vídeos que mencionem tanto a pandemia do novo coronavírus, quanto as redes de quinta geração. Por algum motivo, teorias da conspiração, por si, não são proibidas no YouTube. Com isso, as que tratem somente do 5G continuarão com espaço na plataforma.
Esses vídeos seguirão disponíveis, mas poderão ser removidos das recomendações e dos resultados de pesquisa, o que reduz as futuras visualizações em 70%, segundo a rede social. Além disso, os canais podem ser penalizados com a perda da receita com anúncios.
O YouTube também garante proibir “vídeos que promovam métodos sem fundamento para prevenir o coronavírus no lugar do tratamento médico”. De acordo com a empresa, eles são removidos quando forem denunciados pelos usuários.
A análise de vídeos suspeitos de apresentarem desinformação sobre a COVID-19 tem sido feita de forma manual. Para ajudar usuários a acompanharem notícias sobre a pandemia, o YouTube lançou uma seção com fontes confiáveis e passou a exibir um link para o site do Ministério da Saúde.
A decisão de restringir o alcance de vídeos com teorias sobre coronavírus e 5G acontece depois do Reino Unido registrar incêndios propositais em sete antenas 5G. Apenas neste final de semana, foram quatro novos casos.
Eles foram causados por pessoas que acreditam que a pandemia do novo coronavírus foi criada para acobertar as supostas mortes causadas pelo 5G. A situação levou as quatro operadoras que atuam no Reino Unido a pediram para as pessoas tirarem essa ideia da cabeça.
Em comunicado conjunto, EE, o2, Three e Vodafone lembraram que as antenas garantem a comunicação entre os hospitais do país e permitem que as pessoas se comuniquem com familiares e se mantenham informadas no momento em que mais precisam.
“Não há evidência científica de qualquer ligação entre 5G e o coronavírus. Fato”, afirmam as operadoras. “Essas alegações não são apenas infundadas, elas são prejudiciais para as pessoas e as empresas que dependem da continuidade dos nossos serviços”.
Com informações: The Guardian, The Verge.