Review Aspirador robô Eufy RoboVac 11S: funcional, mas e a conectividade?

Eufy RoboVac 11S é um aspirador robô de entrada prático e eficiente na limpeza residencial, mas fica devendo em conectividade

Darlan Helder
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• Atualizado há 3 meses

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O RoboVac 11S é um aspirador robô da Eufy para limpezas diárias simples. Ele não passa pano pela casa como o Samsung POWERbot-E nem tem aplicativo dedicado para programação como o Roomba e5, da iRobot. Ainda assim, o dispositivo da Elfy pode varrer, aspirar, tem controle remoto com diversas programações, sensor antiqueda e inteligência para limpar carpete e tapetes sem muitas dificuldades. No mercado brasileiro, o aparelho pode ser encontrado por cerca de R$ 2 mil. Vale desembolsar tudo isso pelo gadget? E, claro, como é a sua performance na limpeza residencial? Nas últimas semanas, eu tive a oportunidade de avaliar o Eufy RoboVac 11S e conto todos os seus pontos positivos e negativos neste review.

Análise do aspirador robô Eufy RoboVac 11S em vídeo

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Design

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Eufy RoboVac 11S é igual a outros aspiradores robôs do mercado e idêntico ao RoboVac 11, que é mais antigo. Sem botões e LEDs na parte superior, o dispositivo tem um design mais simples e menos “moderno”. Ele é redondo e todo construído em plástico escurecido, que aparenta ser bem resistente — felizmente, durante os trabalhos, o equipamento não pegou riscos e amassados após conflitar com cadeiras, portas, paredes e mesas. No topo há apenas um único botão que serve como “play/pause” para iniciar ou encerrar a limpeza no local. Já na parte inferior estão o botão principal, para ligar e desligar o aspirador robô, o compartimento da bateria recarregável e o coletor de pó. Começo falando do botão de desativação do aspirador que, embora não tenha causado uma experiência de uso ruim, seria melhor colocá-lo em outra posição, para você ligar e desligar rapidamente e sem sujar as mãos.
Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A área frontal abriga uma espécie de para-choque, para “esconder” os sensores do dispositivo. Embaixo também há outros sensores que auxiliam o gadget durante a limpeza. Uma coisa que eu gostei no Eufy RoboVac 11S é que, mesmo sendo um aparelho simples, ele tem sensor antiqueda e não se espatifou após encontrar uma escada e outros obstáculos, procurando outra rota automaticamente.

Limpeza

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Uma escova giratória no fundo e outras duas na extremidade do equipamento são responsáveis por toda a limpeza do ambiente. O primeiro componente tem como missão recolher e armazenar a sujeira no coletor de pó, ao mesmo tempo que as demais vassourinhas giram para facilitar esse trabalho de coleta e envio à escova giratória, acessando pontos periféricos. Analisando o desempenho, o Eufy RoboVac 11S é muito competente para aspirar fios de cabelo, o pelo do gato, papéis pequenos e farelos. Ele tem três modos de sucção. O Standard opera pela casa fazendo uma limpeza simples; o BoostIQ é a cereja do bolo e altera o poder de sucção de acordo com o piso automaticamente; por fim, há o modo Max, que é a potência máxima. Nos testes, o Standard já foi suficiente para eliminar a poeira no chão do meu apartamento. As outras configurações, úteis em carpetes e tapetes, funcionaram bem e o RoboVac 11S obteve êxito ao eliminar sujeiras que estavam no tapete liso, mas ao passar por um tapete de pelo alto acidentalmente, o aparelho não aguentou, pediu socorro e ainda danificou uma das escovinhas.
Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Enquanto eu avaliava o desempenho, duas coisas me chamaram a atenção. A primeira observação é que o aspirador é muito silencioso e, na potência máxima, com o auxílio de um Apple Watch, ele registrava em média 68 decibéis em um piso convencional de cerâmica — em nenhum momento o ruído me incomodou. O segundo ponto é a precisão dos sensores. Foi bom ver que o Eufy RoboVac 11S não conflita o tempo todo com portas, cômodas, cadeiras e mesas — até pessoas e animais a tecnologia reconhece. É claro que esses sensores não são 100% confiáveis e não dá para enviar uma batidinha aqui e outra ali. Além disso, pode acontecer dele ficar preso por causa de um obstáculo no caminho. Ainda assim, a detecção na maioria das vezes funciona acertadamente.

Conectividade e autonomia

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Creio que o principal ponto negativo do Eufy RoboVac 11S é a falta de recursos de conectividade. Ao contrário de outros aspiradores robôs, o modelo avaliado pelo Tecnoblog não tem aplicativo e toda a configuração deve ser feita pelo controle remoto. Nele você vai encontrar opções para que o RoboVac 11S atue em um ponto específico da casa, pode ajustar o tempo de funcionamento, também é possível programar para ele entrar em ação quando você estiver na rua, dentre outras funcionalidades. Há um botão que faz o gadget voltar à base de carregamento de forma automática. Esse é um sistema que sempre vai impressionar por ser meio “futurista”, mas, às vezes, robô é um pouco lerdo para retornar ao acessório depois que você aciona o comando. Em um momento, com a base próxima, ele insistiu em fazer a limpeza num cômodo que não precisava mais.
Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Na autonomia, a empresa diz em sua comunicação que o robô pode trabalhar por até 100 minutos e quando o botão no topo fica laranja significa que a bateria está perto do fim. Nos testes do Tecnoblog, com o modo Max ativado e limpando todos os cômodos do apartamento, o RoboVac 11S permaneceu ligado por 1h54min, um bom tempo considerando o poder de sucção.

Aspirador robô Eufy RoboVac 11S: vale a pena?

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Com uma boa performance na limpeza, o Eufy RoboVac 11S é um aspirador robô que pode valer a pena. Eu quero elogiar a Anker, dona da marca Eufy, por desenvolver um produto com uma experiência de uso tão simplificada. Tudo aqui é fácil: configurar, trocar os acessórios e pôr para carregar são tarefas descomplicadas que até usuários leigos vão dominar no primeiro dia com o aparelho em casa. É claro, apesar desses pontos fortes, não dá para dizer que o aspirador é eficiente em limpezas pesadas, quando, na verdade, ele pode ser um complemento nesse tipo de faxina.
Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Eufy RoboVac 11S (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Tendo isso em mente, o aparelho deve agradar muitas pessoas. Durante os dias em que fiquei testando o Eufy RoboVac 11S no Tecnoblog, eu pude constatar que o dispositivo consegue limpar bem o ambiente, removendo pedaços de papel, fios de cabelo, pelos de animais, etc. Mas o que mais me deixa decepcionado com o produto é a falta de um sistema de conectividade. Um simples aplicativo com recursos básicos já seria suficiente. Confesso que foi estranho colocar o robô em funcionamento sem saber quanto tinha de carga, por exemplo. Outro empecilho é o preço que o varejo pratica por um aspirador robô que pertence à categoria de entrada e que conta com funções básicas. A meu ver, não vale a pena desembolsar mais de R$ 2 mil pelo Eufy RoboVac 11S, mas se você o encontrar por menos disso, talvez seja uma boa considerar essa opção.

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Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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