Xiaomi Mi Band 5: a queridinha segue reinando

Líder de vendas, a Mi Band 5 traz vários recursos para monitorar o seu condicionamento físico, mas a geração regrediu na bateria

Darlan Helder
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• Atualizado há 10 meses
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Mi Band é a pulseira fitness mais popular e também a mais vendida do mundo. A geração atual, a Mi Band 5, promete melhorias significativas em relação aos modelos anteriores, como um carregamento magnético mais simplificado, tela maior, novos modos de treino e outros recursos para monitorar o seu condicionamento físico. Entretanto, ela regrediu na bateria que agora é de 125 mAh, contra 135 mAh da Mi Band 4.

Será que esses upgrades justificam a troca para a quinta geração? Ainda vale a pena ter a smartband da Xiaomi? Eu avaliei a Mi Band 5 nos últimos dias e compartilho as minhas impressões nos próximos minutos.

Análise da Xiaomi Mi Band 5 em vídeo

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Design e tela

Os relógios inteligentes dominaram o mercado e a Mi Band 5 é uma opção para quem busca algo mais discreto. Apesar de não ter um design rico em detalhes, a smartband conta com bons materiais e as opções coloridas são ainda mais interessantes. Um comparativo rápido com a quarta geração e, logo de cara, a tela grande no modelo atual é o que chama a atenção, o que é muito positivo.

Outra vantagem significativa, além do formato mais modesto, é o peso de 11,9 gramas, a pulseira fica muito confortável e não gera incômodos durante o uso, tanto que vez ou outra eu até esquecia que a Mi Band 5 estava no pulso, até chegar uma notificação.

Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

A Xiaomi manteve a resistência à água em até 5 AMT (50 metros), podendo ser utilizada durante o banho, na piscina, no entanto a empresa não recomenda você a usar em saunas e em mergulhos intensos.

A tela touchscreen da Mi Band 5 é AMOLED e passou a ser de 1,1 polegada, assim como a do Samsung Galaxy Fit 2, seu concorrente direto aqui no Brasil. A resolução é de 294×126 pixels e a Xiaomi aumentou o brilho que agora atinge 450 nits, enquanto a Mi Band 4 tinha 400 nits. Na prática, temos um visor mais vivo e que favoreceu as animações coloridas disponíveis no sistema.

Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Já a visualização sob a luz solar é boa e também ficou melhor ler as notificações e navegar pelo menu com esses aprimoramentos, embora eu tenha ressalvas sobre a exibição de caracteres especiais que falarei mais adiante. Ainda assim, em comparação com outras pulseiras populares, como a Huawei Band 4 e a Honor Band 5, esta Mi Band se sobressai no quesito tela.

Recursos e experiência de uso

A smartband continua entregando os principais recursos para você monitorar a sua saúde e a introdução de novos modos de treino também foi um bom upgrade. A Xiaomi adicionou outras modalidades, como yoga, remo, bicicleta ergométrica, corda e elíptico. Estão disponíveis, ainda, natação, ciclismo e caminhada. O menu concentra dez atalhos: o monitor de frequência cárdica, de estresse, de respiração e o PAI (Personal Activity Intelligence) que ajuda o usuário a entender a sua condição física através de algoritmos e pontuações.

Disponível para Android e iPhone (iOS), e compatível com Apple Health e Google Fit, o aplicativo Mi Fit permite visualizar todos os dados coletados pelo vestível e ajuda a analisar a qualidade do seu sono, o ritmo cardíaco, definir alarmes e notificações. Infelizmente, a Mi Band 5 não tem GPS integrado, por isso você deve utilizar o celular para registrar as suas corridas e caminhadas.

Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O sensor de frequência cardíaca pode fazer a monitorização automática, porém limitada a 1 minuto, 5, 10 ou 30 minutos. Além disso, ela pode alertar quando o ritmo for superior a 100 bpm e você, se quiser, pode definir um teto que vai até 150 bpm. Para observar a atuação desse recurso, eu comparei com um Huawei Watch Fit e ambos os dispositivos apresentaram dados equivalentes, num momento calmo, trabalhando no computador eles me entregaram 69 bpm.

A Mi Band 5 faz a análise das suas noites de sono reunindo métricas detalhadas que podem te ajudar a mudar alguns hábitos. Eu já sei que tenho mais sono leve do que profundo e a smartband conseguiu detectar isso durante a avaliação. A cada dia, ela mostra se você acordou facilmente, se adormeceu tarde e compartilha dicas para mudar tudo isso. O que é muito interessante em vez de apenas jogar os dados sem nenhuma informação complementar.

Reprodução de música na Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Reprodução de música na Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Quanto aos modos de smartwatch, temos alguns prós e contras. Começo pelo fotografia remota que permite tirar fotos no celular à distância com a Mi Band, atuando como um obturador. E o mais legal é que ele serve para gravações de vídeo, também. O controle de reprodução de música funciona acertadamente permitindo pausar/dar play, mudar de faixa e controlar o volume sem qualquer dificuldade.

Porém, o que mais me incomoda na Mi Band, ainda, são as notificações, principalmente porque ela não reconhece caracteres especiais, tampouco emojis. Dependendo da mensagem, eu mal consigo entender o que está escrito e já passou da hora de pôr um fim a essa limitação das smartbands.

Notificações na Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Notificações na Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Os mostradores são outro ponto forte da pulseira da Xiaomi. Embora seja um dispositivo competente e recheado de recursos, o Galaxy Fit 2 não oferece watchfaces animados, isso não significa que não vale apostar no rival, mas pude perceber que a Mi Band 5 aproveita melhor o visor e pode até exibir mais informações na tela principal.

Apenas para melhorar a experiência de uso, a Xiaomi poderia deixar um atalho na primeira tela do app para trocar o mostrador, sem a necessidade de clicar em “perfil”, selecionar a pulseira e, por fim, clicar na “loja”, onde ficam eles.

Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Em conectividade, o dispositivo tem Bluetooth 5.0 e, durante o período de avaliação, não houve problemas de sincronização com o meu telefone. Além das funcionalidades já citadas, o gadget traz previsão do tempo (com máxima e mínima), incluindo para os próximos dias e a umidade relativa do ar. Para isso, ela usa a sua localização atual e pode até emitir alertas, caso queira.

Lembretes, alarme, relógio mundial, alerta de inatividade, cronômetro e aviso de chamada telefônica são outros recursos presentes. A má notícia é que a versão vendida no Brasil não traz NFC para pagamentos por aproximação.

Bateria

A Mi Band 5 tem uma nova bateria de 125 mAh, para fins de comparação, o Galaxy Fit 2 tem 159 mAh e a Mi Band 4C tem 130 mAh de capacidade. Apesar disso, a Xiaomi afirma que o usuário pode ter até duas semanas de uso com apenas uma carga. Exibindo todas as notificações, com o monitoramento do sono, de ritmo cardíaco e estresse ativados, eu consegui chegar no nono dia com 52% restantes, um número excelente.

No aplicativo, eu gostei de a empresa colocar o nível da bateria, bem como a última vez que o aparelho estava conectado à alimentação para ter um melhor controle da autonomia.

Novo método de carregamento da Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Novo método de carregamento da Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Isso ainda me lembra de outro avanço significativo. Finalmente, a chinesa alterou o modo de alimentação e agora é possível fazer o carregamento da Mi Band sem a necessidade de remover a pulseira, uma mudança mais que bem-vinda!

Xiaomi Mi Band 5: vale a pena?

A Mi Band 5 ainda tem cara de Band 4, mas isso muda ao acionar o visor. A tela maior foi um grande acerto da empresa, isso porque os mostradores mais detalhistas conseguem aproveitar bem a tela de 1,1 polegada e o novo modo de carregamento, como dito anteriormente, completa a lista de pontos positivos. Para donos de Mi Band 4, talvez não valha a pena migrar para a geração atual, isso se você não faz questão dos novos modos de exercícios e se a telinha de 0,95 polegada ainda dá conta do recado.

Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Xiaomi Mi Band 5 (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Se você está chegando agora e busca por um modelo híbrido e acessível, sem ser smartwatch, então, sim, a Mi Band 5 pode ser uma boa opção. É possível usá-la durante exercícios simples e complexos, e ainda tem a vantagem de monitorar a sua saúde através do aplicativo oficial que concentra informações detalhadas, mas isso não é sinônimo de precisão.

Devido à popularidade, lembrando que, hoje, esta versão é encontrada por menos de R$ 200 no varejo, adquirir pulseiras variadas acaba sendo mais fácil. Por outro lado, bem que a Xiaomi poderia liberar o NFC para a versão global, quem sabe na próxima geração, não é?

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Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog. 

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