Venda de PCs no Brasil caiu 26% em 2014 (e deve cair mais este ano)

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas
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O mercado de PCs no Brasil continua diminuindo a cada dia. A IDC divulgou um relatório informando que apenas 10,3 milhões de computadores foram vendidos no país durante o ano de 2014, uma redução de 26% em relação a 2013. A queda, segundo a empresa de consultoria, foi influenciada pelas eleições e pela alta do dólar, além de eventos específicos do ano passado: o Carnaval fora de época e a Copa do Mundo.

É o terceiro tombo seguido. Depois de uma alta de 12% em 2011, quando foram vendidos 15,9 milhões de computadores, o mercado de PCs no Brasil registrou queda de 2% em 2012 (15,5 milhões) e 10% em 2013 (13,9 milhões).

Hoje, a maioria dos computadores vendidos são notebooks, e o mercado de desktops cai em ritmo mais acelerado. Em 2014, 4 milhões eram desktops, uma queda de 31% em relação a 2013. Os notebooks, por sua vez, caíram 22%, para 6,4 milhões de unidades. 7 em cada 10 máquinas foram vendidas para o consumidor final e o resto para o mercado corporativo.

Mas o que o Carnaval e a Copa do Mundo têm a ver com o mercado de PCs? Segundo a IDC, o mês de março costuma ser bastante positivo para as vendas; no entanto, como o Carnaval aconteceu em uma data diferente do que estamos acostumados, justamente no início de março, isso impactou as vendas. Além disso, durante a Copa do Mundo, que aconteceu no Brasil, os varejistas optaram por focar em outros tipos de produtos.

Para 2015, a estimativa é uma nova queda, dessa vez de 3%, especialmente por causa da alta do dólar, que neste exato momento passa de R$ 3,05 e gera lágrimas em boa parte dos que estão lendo este texto.

Não é mais tão estranha a ideia de que a maior fabricante de PCs do mundo vendeu mais smartphones que PCs.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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