A Microsoft decidiu passear no shopping novamente: nesta quarta-feira (3), a empresa confirmou a aquisição do aplicativo de teclado SwiftKey, por um valor não divulgado. O aplicativo é um dos mais populares do Android e também está disponível no iOS, oferecendo recursos como a digitação ao deslizar o dedo e um autocorretor bastante preciso, baseado em redes neurais.

A confirmação da Microsoft chegou horas após o Financial Times publicar a informação, citando “pessoas cientes do acordo”. Nem a Microsoft e nem os responsáveis pelo SwiftKey divulgam oficialmente o valor da aquisição, mas o jornal informou que a transação foi de aproximadamente US$ 250 milhões. Em 2014, o SwiftKey obteve apenas US$ 12 milhões em vendas.

Não é a primeira vez que a Microsoft vai às compras. A gigante de Redmond comprou recentemente o calendário Sunrise por cerca de US$ 100 milhões, além de ter desembolsado entre US$ 100 e US$ 200 milhões pela 6Wunderkinder, empresa alemã que desenvolve o Wunderlist, aplicativo de lista de tarefas. Outra aquisição foi a Acompli, o que resultou no excelente cliente de email Outlook para Android e iOS.

Curiosamente, o SwiftKey não possui versão para Windows Phone, que traz um teclado preditivo da própria Microsoft, chamado Word Flow. Segundo o Financial Times, o objetivo da Microsoft com a compra é aproveitar as tecnologias de inteligência artificial do teclado. A dona do SwiftKey possui mais de 150 funcionários, espalhados em Londres, San Francisco e Seul. A expectativa é que eles entrem para a equipe do Microsoft Research.

Se você usa o SwiftKey, não precisa se preocupar: ambas as empresas garantiram que o desenvolvimento do aplicativo para Android e iOS prosseguirá normalmente e que o teclado continuará gratuito.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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