Uber vai aceitar pagamento em dinheiro em três cidades brasileiras

Estratégia para crescer onde a presença de cartões de crédito é mais baixa

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas
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Usuários que chamarem um motorista pelo Uber a partir da próxima segunda-feira (11) poderão pagar a corrida com dinheiro em três cidades do Nordeste: Recife, Fortaleza e Salvador. A estratégia é utilizada pelo Uber em algumas cidades no mundo para aumentar sua fatia de mercado onde a presença de cartões de crédito é menor.

De acordo com o Uber, o novo método de pagamento será um programa piloto, por enquanto sem previsão de expansão para outras cidades brasileiras. A empresa decidiu aceitar dinheiro em espécie porque, no Nordeste, mais de 60% dos usuários desistiam de se cadastrar no serviço quando o aplicativo solicitava as informações do cartão de crédito.

E como fica a questão do troco? Não é em balinhas: se o motorista não tiver o dinheiro, a quantia pode ficar de crédito para a próxima viagem. Os motoristas, que pagam entre 20% e 25% de taxa por corrida, receberão o valor integral das mãos do passageiro, mas terão as comissões descontadas do pagamento semanal — que inclui as viagens realizadas com cartão de crédito. Como a maioria das pessoas normalmente paga pelo próprio aplicativo, os motoristas não precisam “devolver” dinheiro à empresa.

O pagamento em dinheiro está disponível em 86 das 400 cidades em que o serviço atua. O Uber precisa aceitar dinheiro em várias cidades para conseguir competir com os concorrentes e não ter sua expansão limitada: como informa o Gizmodo Brasil, em países como Indonésia e Filipinas, só cerca de 10% da população têm cartão de crédito.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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