Quantum Fly: um deca-core com preço acessível

A Quantum quer conquistar consumidores mais exigentes, mas que não abrem mão do custo-benefício

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 1 mês
Quantum Fly

Prestes a completar um ano de mercado, a Quantum tenta mostrar que veio para ficar. A empresa escolheu a noite de quarta-feira (31) para lançar o Quantum Fly, até o momento, o smartphone mais parrudo da marca. A estratégia de apostar no custo-benefício foi mantida: a novidade traz chip deca-core MediaTek Helio X20, 3 GB de RAM e tela full HD de 5,2 polegadas pelo preço sugerido de R$ 1.299 (ou R$ 1.499 a prazo).

Na apresentação, a Quantum fez questão de ressaltar a leveza e a finura do aparelho. O Quantum Fly pesa 140 gramas e tem 7,5 mm de espessura, portanto, esses detalhes realmente não passam despercebidos. Deixar o dispositivo no bolso frontal da calça, como eu gosto de fazer, não é nenhum incômodo. A pegada também não é ruim: as bordas curvadas proporcionam a firmeza que a gente não encontra na parte traseira, lisa demais para o meu gosto.

Quantum Fly

O display do Quantum Fly tem painel do tipo IPS, resolução de 1920×1080 pixels (423 ppi) e proteção Gorilla Glass 3. É um avanço inegável em relação ao Quantum Go (ou mesmo à linha Quantum Müv). Segundo a empresa, o tamanho de 5,2 polegadas foi definido a partir de uma pesquisa com usuários. Com essas dimensões, a tela acaba proporcionando uma boa área de visualização e, ao mesmo tempo, não dificulta a vida naquelas situações em que você só consegue usar o smartphone com uma das mãos.

Quantum Fly

Tenho que concordar. Para quem não tem mãos grandes, uma tela menor permite que qualquer ponto da tela seja alcançado apenas com um polegar. O problema é que, na prática, esse detalhe não fez muita diferença: o Quantum Fly tem bordas generosas e isso contribui para deixá-lo grandalhão. O dispositivo tem quase as mesmas dimensões do meu Moto X Play, que tem tela de 5,5 polegadas.

Quantum Fly

As câmeras também evoluíram, embora não tenham me impressionado no primeiro momento. Na traseira há um sensor de 16 megapixels com abertura f/2,0 e flash LED dual tone, aquele tipo que tenta deixar a iluminação o mais natural possível. As primeiras fotos geradas ali mostraram boa coloração e taxa de ruído aceitável. Mas achei foco e disparo um tanto demorados.

Quantum Fly

Na frente, a câmera tem 8 megapixels com abertura f/2,2, ângulo de 80 graus e flash LED para dar uma ajudinha nas selfies noturnas. Os resultados são apenas razoáveis. Até que o pós-processamento não te deixa com cara de pintura barata, mas é bem perceptível.

O importante é ter saúde
O importante é ter saúde

Você prefere que o leitor de impressões digitais fique na parte frontal ou traseira? O Quantum Fly tem esse recurso na área de trás. De acordo com a empresa, essa é a posição mais adequada para que você possa desbloquear o aparelho assim que tirá-lo do bolso da calça, por exemplo. É um argumento válido, mas você não poderá desbloquear o smartphone se ele estiver sobre a mesa. Ao menos a câmera traseira fica no canto superior: me aterroriza a ideia de passar o dedo na lente ao tentar alcançar o leitor de impressões.

Quantum Fly

Nas especificações internas, o conjunto agrada. Há 3 GB de RAM, 32 GB para armazenamento de dados expansíveis com microSD de até 128 GB e bateria de 3.000 mAh. Há também porta micro-USB, Wi-Fi 802.11n, Bluetooth 4.1, GPS e dual SIM (um nano-SIM e um micro-SIM que divide espaço com o slot para microSD). NFC? Fica para a próxima.

Mas o que chama atenção é mesmo o processador: o Helio X20 tem dez núcleos. A MediaTek explica a ideia: quatro núcleos trabalham quando houver pouca carga de processamento, outros quatro entram em ação em aplicações de exigência mediana, e os últimos dois, mais potentes, dão conta de tarefas pesadas. É um esquema que a MediaTek chama de Tri-Cluster.

Alguns protótipos do Quantum Fly
Alguns protótipos

Será que isso realmente faz diferença? Bom, nos primeiros testes, o Quantum Fly se comportou muito bem, não apresentando travamentos ou demorando para abrir aplicativos, mesmo os mais exigentes. O fato de o Android (6.0 Marshmallow) vir quase puro e sem bloatwares contribui para isso (boa, Quantum!).

Mas só testando mesmo para saber como o aparelho se comporta no dia a dia, certo? Pois bem, eu estou com uma unidade aqui justamente para isso. O review sai nos próximos dias. Enquanto isso, deixe aí nos comentários as suas dúvidas sobre o Quantum Fly.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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