Países das Américas querem acabar com tarifas de roaming internacional

Brasil, EUA, México e Argentina fazem parte do acordo

Lucas Braga
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• Atualizado há 2 semanas

É bem frustrante viajar para outro país e deixar o smartphone no modo avião para evitar as caríssimas cobranças de roaming internacional. No entanto, um acordo firmado entre 19 países das Américas pode acabar com isso e trazer o fim dessas tarifas para quem viajar.

O compromisso foi firmado pela Comissão Interamericana de Telecomunicações (Citel) na Carta de Buenos Aires. O acordo estabelece medidas para reduzir a desigualdade digital nos países das Américas; o fim do roaming tem prioridade média, e as tarifas devem ser revistas até 2022.

Os países que assinaram a declaração são: Argentina, Brasil, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Trinidade e Tobago, e Uruguai.

Com isso, os países das Américas ficam mais próximos de uma medida adotada pela União Europeia, que acabou com as tarifas de roaming para quem viajasse entre os países com o tratado de Schengen.

Ainda não se sabe como as tarifas de roaming serão eliminadas para os consumidores. Foi criado um grupo de trabalho com os representantes de cada país, e propostas devem ser apresentadas em uma reunião que ocorre em meados de maio. A Anatel também já começou a se aprofundar sobre o tema.

Por mais benéfico que seja eliminar as tarifas de roaming internacional, é bom lembrar que ainda existem operadoras brasileiras que cobram, em pleno 2018, pelo roaming nacional ao fazer e receber chamadas em determinados planos.

Quanto custa usar o celular no exterior?

Nada barato.

A operadora que tem as melhores tarifas é a Claro para quem viaja entre países das Américas. Clientes de planos pós-pagos Claro Ilimitado podem aderir ao Passaporte Américas ao custo anual de R$ 119,90 por linha e podem utilizar à vontade sua franquia de internet e fazer ligações ilimitadas em 18 países. Quem viaja para a Europa precisa pagar uma diária de dados de apenas 15 MB pelo valor R$ 29,90, e para os demais países do mundo, 5 MB por R$ 79,90.

A Vivo vende diárias do serviço Vivo Travel para seus clientes pós-pagos. Custa R$ 39,90 por dia para as Américas e Europa ou R$ 59,90 para o resto do mundo, com franquia de dados (que varia de 5 MB a 1 GB, de acordo com o país visitado) e 50 minutos em ligações para o país visitado ou para o Brasil. Quem tem um plano atual do portfólio Vivo Família tem direito a 7 diárias gratuitas por ano.

Já a TIM oferece diárias de dados para o pós-pago custando R$ 29,90 (Américas). R$ 39,90 (Europa e África) e R$ 69,90 (Ásia e Oceania). Quem viaja para os Estados Unidos tem uma franquia diária de 200 MB. Se o destino for Argentina, Chile e Canadá, a franquia é de 100 MB. Na Europa e África são 15 MB, e nos países restantes são míseros 5 MB.

Na Oi, os preços e franquias variam de acordo com o país visitado. Nos Estados Unidos, é possível usar 200 MB de internet móvel no pós-pago pagando R$ 29,90 por dia. Quem vai para a Argentina, Chile ou França, por exemplo, paga R$ 39,90 e tem direito a 50 MB.

A principal alternativa para escapar das tarifas de roaming é comprar um chip pré-pago de uma operadora local ao chegar no destino. Dessa forma, é possível utilizar internet sem deixar metade do orçamento da sua viagem na sua conta de celular.

Com informações: Telesíntese, IstoÉ Dinheiro.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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