O que é chave Pix?

Chave do Pix é o que identifica a conta para transferências, não se trata de uma senha, porém ainda é uma informação sensível

Lucas Lima
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• Atualizado há 1 ano
Pix no aplicativo do Nubank (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Mais de 133 milhões de chaves Pix foram cadastradas (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Muita confusão foi gerada em torno das chaves do Pix, quais não são senhas e servem para facilitar a transferência do dinheiro, mas ainda assim carregam informações sensíveis do proprietário. Explico, nesse artigo, o que é a chave do Pix e por que ela é importante.

O que é a chave do Pix?

Chave do Pix é o identificador de cada conta bancária ou carteira digital. Imagine o nome de usuário em uma rede social (@SeuNome), é uma combinação única e cada usuário tem o seu. Da mesma forma, ao fazer uma transferência pelo Pix, cada chave aponta para a conta do destinatário, quem receberá o dinheiro.

Quais são as chaves que posso usar?

Há quatro tipos de chaves que podem ser cadastradas em cada banco ou aplicativo de pagamentos com carteira digital:

  1. CPF;
  2. Número de telefone;
  3. E-mail;
  4. Chave aleatória (sequência de números e letras geradas pelo Banco Central, também é conhecida como EVP, Endereço Virtual de Pagamento).

Cada cliente ou usuário pode cadastrar até cinco chaves por conta, fora isso não há limite de chaves por pessoa física. Se deseja migrar uma chave de um banco, o Pix suporta a portabilidade das chaves.

Por que é melhor usar as chaves?

As chaves são cadastradas em uma base de dados do Banco Central e vinculadas a uma conta-corrente, poupança ou carteira digital (instituições financeiras com mais de 500 mil clientes são obrigados a adotar o Pix). Com isso, quem faz a transferência só precisa informar uma chave do destinatário, o sistema é responsável por carregar as informações da conta (número da agência e conta e dados do beneficiário).

É mais ágil e fácil fazer uma transferência com Pix a um Transferência Eletrônica Disponível (TED) ou Documento de Ordem de Crédito (DOC). Em alguns casos também é mais seguro, porque se o pagador informar qualquer chave exceto o CPF, o sistema exibirá apenas seis dígitos do documento do recebedor.

Pix em aplicativo da Caixa (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)
Pix em aplicativo da Caixa (imagem: Emerson Alecrim/Tecnoblog)

Qual a chave mais segura?

O CPF chega a ser a chave mais segura, uma vez que só pode ser cadastrada pelos próprios titulares da conta. Outra pessoa não pode informar outro CPF diferente daquele usado na abertura da conta para cadastrar como chave do Pix.

E-mail e número de celular podem ser transferidos para um criminoso, tanto pelo roubo de identidade e acesso à conta quanto pelo SIM swap — prática que transfere um número para outro chip em branco. Uma vez que um usuário mal-intencionado tenha acesso a essas plataformas, pode migrar a titularidade da chave Pix.

Quais cuidados tomar?

Não precisa se preocupar em cadastrar todas as chaves possíveis antes que alguém cadastre por você. Minha recomendação é só fazer o registro daquelas que achar necessário e pretende usar.

A chave Pix é responsável por carregar os dados do recebedor: banco ou fintech, número da agência e conta para o qual vai o dinheiro. Da mesma forma que não é recomendado divulgar aos quatro ventos essas informações, é importante manter o sigilo das chaves do Pix. Se estiver mais preocupado, informe apenas uma chave para desconhecidos, em caso de recebimentos.

Preste atenção também às mensagens recebidas, para não cair em golpes de phishing. Se não foi você que solicitou o cadastro da chave, ignore mensagens ou ligações de falsos funcionários solicitando o código de verificação. Sugiro a leitura dos seguintes artigos:

Se está transferindo, sempre verifique o nome do beneficiário. É de fato a pessoa que deve receber o dinheiro? Caso contrário, cancele a operação e verifique as informações com o recebedor.

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Lucas Lima

Editor-assistente

Lucas Lima trabalha no Tecnoblog desde 2019 cobrindo software, hardware e serviços. Pós-graduando em Data Science, formou-se em Jornalismo em 2018 e concluiu o técnico em Informática em 2014, mas respira tecnologia desde 2006, quando ganhou o primeiro computador e varava noites abrindo janelas do Windows XP. Teve experiências com comunicação no poder público e no setor de educação musical antes de atuar na estratégia de conteúdo e SEO do TB.

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