Agora no Signal, cofundador do WhatsApp comenta disputa entre apps

Brian Acton é presidente executivo da Signal Foundation; executivo comenta disputa entre seu mensageiro privado e o WhatsApp

Bruno Gall De Blasi
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Brian Acton, cofundador do WhatsApp e presidente executivo do Signal (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Brian Acton, cofundador do WhatsApp e presidente executivo do Signal (Foto: Carlos Moura/SCO/STF)

Brian Acton, cofundador do WhatsApp e atual presidente executivo da Signal Foundation, comentou sobre a disputa entre os dois aplicativos. As declarações partem de uma entrevista dada ao TechCrunch nesta terça-feira (12), na qual o executivo fala sobre o crescimento do mensageiro nos últimos dias, privacidade e mais.

De acordo com Acton, que cocriou o WhatsApp com Jan Koum e saiu em 2017 após a venda do app ao Facebook, a base de usuários do Signal “explodiu”, sem citar números. O executivo condiciona o crescimento aos acontecimentos recentes e vê de maneira positiva tanto os debates sobre privacidade e segurança digital quanto a procura pelo mensageiro como “resposta a estas questões”.

“É uma grande oportunidade para a Signal brilhar e dar às pessoas uma escolha e alternativa”, afirmou Acton. “Foi um crescimento lento por três anos e, então, uma grande explosão. Agora, o foguete está indo”.

O empresário também comentou sobre a disputa entre os aplicativos. “Não tenho vontade de fazer todas as coisas que o WhatsApp faz. Meu desejo é dar às pessoas uma escolha. Caso contrário, você está preso em algo onde não tem escolha. Não é estritamente um cenário onde o vencedor leva tudo”, afirmou ao TechCrunch.

Esta não é a primeira vez que Acton se posiciona em relação ao Facebook. Em março de 2018, após o caso Cambridge Analytica, o cofundador do WhatsApp se juntou à campanha para deletar o Facebook ao publicar a hashtag “#DeleteFacebook” em seu perfil do Twitter.

Seis meses depois, Acton explicou a saída do Facebook. O executivo lamentou a comercialização do WhatsApp à rede social, pois, em sua visão, vendeu a privacidade dos usuários “para um benefício maior”. “Eu fiz a escolha e um compromisso. E eu vivo com isso todos os dias”, disse. Na época, falava-se sobre anúncios no WhatsApp Status.

Telegram e Signal disparam em lojas de aplicativos

O Telegram e o Signal tiveram um crescimento notável e repentino nos últimos dias. O episódio acontece após a aparição da nova política de privacidade do mensageiro, o que rendeu críticas ao Facebook, incluindo de Elon Musk, CEO da Tesla, que promoveu o Signal.

O número de downloads dos aplicativos em plataformas móveis disparou. No caso do Signal, o mensageiro esteve em primeiro lugar em 44 países na App Store, loja do iPhone, neste domingo (10), segundo a consultoria App Annie. O Telegram, por sua vez, chegou a 500 milhões de usuários com a “fuga” do WhatsApp.

Com informações: TechCrunch

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Bruno Gall De Blasi

Bruno Gall De Blasi

Ex-autor

Bruno Gall De Blasi é jornalista e cobre tecnologia desde 2016. Sua paixão pelo assunto começou ainda na infância, quando descobriu "acidentalmente" que "FORMAT C:" apagava tudo. Antes de seguir carreira em comunicação, fez Ensino Médio Técnico em Mecatrônica com o sonho de virar engenheiro. Escreveu para o TechTudo e iHelpBR. No Tecnoblog, atuou como autor entre 2020 e 2023.

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