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O Google Chrome agora também pode ser utilizado na interface Metro do Windows 8. Mas não se empolgue: o visual do navegador ainda não adota o estilo minimalista da Microsoft, não está adaptado para telas sensíveis ao toque e parece só um Chrome normal funcionando em tela inteira. Pelo menos é possível acessar sites em Flash e utilizar suas extensões favoritas.
O novo visual está disponível a partir da versão 21.0.1171.0 do canal de desenvolvedores, que pode ser baixada neste link. Após instalar o novo Chrome e configurá-lo como navegador padrão do sistema, um ícone novo aparecerá na tela Iniciar. Vale lembrar que estamos falando de uma versão de testes, logo, problemas devem acontecer – e realmente aconteceram, como você verá nos próximos parágrafos.
A primeira decepção após executá-lo é ver que os dados não estão integrados entre interfaces – seus favoritos, histórico e extensões não aparecerão na interface imersiva. É como se fossem duas instalações diferentes. Felizmente, ter seus dados de volta é muito fácil, já que o Chrome com interface Metro possui praticamente todas as funcionalidades da versão clássica, inclusive a sincronização de dados.
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Ter os mesmos recursos da versão clássica é bom, mas traz problemas de adaptação. Nessa primeira versão pública, os desenvolvedores ainda não tiveram tempo suficiente para estudar as guidelines de design da Metro UI. O clique com o botão direito (ou a combinação WinKey+Z), que normalmente abre um menu inferior nos aplicativos Metro, não tem outra função no Chrome a não ser exibir a página em tela cheia. O atalho Shift+Esc, que abre o gerenciador de tarefas do Chrome, mostra uma… janela. E com as bordas clássicas do Windows.
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Diferentemente do Internet Explorer, onde apenas sites presentes numa “lista branca” da Microsoft podem exibir conteúdo em Flash, no Chrome qualquer site tem essa permissão. Isso significa que vídeos e anúncios em Flash continuarão sendo visualizados normalmente, sem dores de cabeça. Java, Silverlight e outros plugins, no entanto, não estão disponíveis.
A maioria das extensões do Chrome deve funcionar normalmente na interface Metro, mas algumas precisarão passar por atualizações. O YSlow, extensão do Yahoo que mede a performance de sites e sugere alterações no código-fonte, abre em tela cheia e, como não há botões de Minimizar ou Fechar na Metro UI, a única solução para sair da tela é encerrar o Chrome e executá-lo novamente. Um grande inconveniente.
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Com tanta gambiarra, dá para entender por que o Chrome com interface Metro não funcionará no Windows RT, que rodará sobre processadores ARM – o navegador ainda está muito amarrado ao conceito de desktop clássico. Os problemas mais graves, inclusive a falta de integração com os novos recursos do Windows 8, devem ser resolvidos nos próximos meses, quando a nova interface chegará aos usuários finais. Pelo menos é o que esperamos.