Startup americana cria óculos vestíveis que projetam imagens direto na retina
No último ano, conhecemos alguns devices que têm a promessa de serem revolucionários e se grudarem às nossas cabeças, como o Oculus Rift e o Google Glass. Uma startup de Nova York também pretende lançar no ano que vem um óculos hi-tech, com o diferencial de que não há nenhuma tela nele.
Em vez disso, o device da Avegant projeta as imagens direto na retina de quem o usa.
Como deve ter aprendido no colegial, as imagens que você vê são formadas pelo olho de acordo com a luz refletida por elas. Então, o que o óculos faz é, basicamente, isso.
Para tanto, são utilizados 2 milhões de micro espelhos nos óculos, que ainda são um protótipo bem grande e esquisito. A principal vantagem é na qualidade da imagem, que independe da resolução de uma tela para ser boa.
O Engadget testou os óculos e relata que, durante o teste, foram exibidas três mídias: um trecho de As Aventuras de Pi em HD, uma partida rápida de Call Of Duty e uma filmagem do trânsito na Itália. Zach Honig, que foi quem experimentou os óculos, relata que os três foram ótimos – e, surpreendentemente, o vídeo da Itália tinha resolução de 360 x 180 pixels.
O CNET destacou o conforto ocular: ter que observar telas que fiquem tão próximas dos olhos é cansativo depois de algum tempo, mas, como a criação da Avegant as dispensa, é como se estivesse olhando através de uma janela.
O potencial para o óculos é enorme. Há os usos no dia a dia, como já foi comentado para filmes e games, mas também para navegar na web ou assistir TV. Os donos da empresa indicaram, ainda, a possibilidade de ter material criado exclusivamente para ele utilizando realidade aumentada – como assistir a um jogo e poder olhar em volta como se estivesse no estádio.
A boa notícia é que o device está bem mais perto das prateleiras do que pode parecer para quem vê todos esses circuitos. A versão final, que deverá prover também o áudio para a mídia que está sendo exibida, deve ser exibida na CES, que acontece entre 7 e 10 de janeiro do ano que vem. Logo depois, uma campanha de crowdfunding deve começar.