Balão do projeto Loon (imagem: divulgação/Google)

O Google não teve sucesso com os drones de entregas, mas em relação ao Project Loon, quanta diferença! Nos testes mais recentes, a empresa conseguiu fazer um dos balões do programa viajar milhares de quilômetros e ainda oferecer acesso à internet via rede 4G. O melhor de tudo: a qualidade da conexão agradou.

Na primeira viagem, o balão saiu da Nova Zelândia, atravessou o Oceano Pacífico e chegou ao Chile. Foram mais de 9 mil quilômetros sobrevoados sem uma única pausa.

Quando o balão se aproximou do território chileno, sua velocidade era de 80 km/h. Uma equipe em solo enviou um comando para que o balão mudasse de altitude para atingir um padrão de vento que reduzisse a sua velocidade.

O balão passou então a se movimentar a 20 km/h. Com isso, a equipe conseguiu conectar smartphones à rede 4G do balão para avaliar o serviço. A empresa não deu detalhes, mas os resultados foram convincentes.

Na etapa seguinte, o Google fez o balão sair do Chile e seguir em direção à Austrália. Desta vez, a velocidade alcançada chegou a 140 Km/h, permitindo ao balão percorrer todo o trajeto em oito dias.

Quando o balão surgiu na costa australiana, houve mais testes. Uma equipe no local executou uma série de comandos que fez o balão enfrentar ventos diferentes e reverter seu caminho para sobrevoar a região de ensaio (uma área sem acesso a serviços móveis).

Project Loon em Coihaque, Chile
Coihaque, no Chile: um dos pontos de testes do Project Loon

O equipamento “sobreviveu” a tudo sem pestanejar. Para completar, os pesquisadores conseguiram testar o acesso à internet do balão por duas horas, novamente, com resultados animadores.

É claro que ainda há muito trabalho a ser feito para que o Project Loon possa cumprir a missão de oferecer internet em lugares com infraestrutura precária ou que levam muito a sério a palavra “longe”.

Mas o próprio Google ressalta: “testes como esses nos dão uma noção clara da escalabilidade que o Project Loon pode ter”. Como os balões não ficam parados, a empresa precisava saber se, ao chegar em outro lugar, o equipamento conseguiria se conectar aos serviços de uma operadora local para oferecer internet enquanto permanecer na região.

Como se vê, a missão foi um sucesso! Que venha a próxima fase.

Com informações: Engadget

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