Uma das novidades internas mais importantes do Windows 10 é o suporte a apps portados do Android e iOS. Com os projetos Astoria e Islandwood, os desenvolvedores poderão levar ao sistema operacional da Microsoft seus softwares já produzidos para as plataformas concorrentes, potencialmente resolvendo o principal problema do Windows nos smartphones.
Mas como isso vai funcionar?
Aparentemente, as coisas serão mais fáceis do que você imagina, pelo menos segundo o vídeo que a Microsoft divulgou no último final de semana. Roda o VT:
Todo o processo começa com uma ferramenta online da Microsoft, que analisa o APK e informa ao desenvolvedor as mudanças sugeridas para que o aplicativo funcione bem no Windows. Normalmente, a ferramenta recomendará que o ícone seja alterado (para ficar harmonizado com o Live Tile) e que APIs específicas do Google Play Services sejam substituídas por equivalentes da Microsoft.
Mas alterar o código do aplicativo para substituir as APIs do Google pelas da Microsoft deve dar um trabalhinho, certo? Na verdade, a Microsoft facilitou bastante esse processo: no caso de um aplicativo que faça uso de mapas, por exemplo, basta substituir uma única linha de código (a que faz referência ao Google Maps) e o aplicativo simplesmente passará a usar o Bing Maps, aceitando as mesmas instruções.
Para certos recursos dos apps, não será necessário alterar nada no código. É o caso de anúncios, estatísticas, compras in-app e notificações — a Microsoft entenderá o código desenvolvido para Android e o traduzirá para Windows 10. O próprio vídeo mostra o exemplo de um app com o tradicional botão de compartilhamento do Android. No Windows 10, o mesmo código faz o sistema exibir uma tela equivalente.
Os apps para Windows 10 portados do Android poderão ser desenvolvidos e testados nas IDEs mais comuns, incluindo IntelliJ, Android Studio e Eclipse, tanto no Windows quanto no OS X.
Agora vai?