Câmara aprova texto de MP que eleva impostos sobre produtos importados

Paulo Higa
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• Atualizado há 6 meses

Os eletrônicos poderão ficar ainda mais caros nos próximos meses. A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (19) o texto-base da medida provisória 668/2015, que eleva os impostos sobre produtos importados. O aumento faz parte do pacote de ajuste fiscal do governo, que também estuda subir os impostos de telefonia para equilibrar as contas.

O texto-base aprovado pela Câmara aumenta o PIS/PASEP de 1,6% para 2,1%, enquanto a alíquota da Cofins sobe de 7,6% para 9,65%. Com a alteração, o imposto PIS/Cofins que as empresas pagam na entrada de bens importados no Brasil aumentaria dos atuais 9,25% para 11,75%.

Atualmente, eletrônicos beneficiados pela Lei do Bem têm a alíquota de PIS/Cofins zerada. Para se enquadrarem nas regras, os smartphones, por exemplo, devem ser produzidos no Brasil, custar até R$ 1.500 e trazer um pacote mínimo de aplicativos desenvolvidos no país, que varia de acordo com a fabricante. O benefício fiscal vale até 31 de dezembro de 2018.

A medida também aumenta o imposto de produtos importados com alíquotas específicas de PIS/Cofins. É o caso da água, cerveja, cosméticos e maquinários. Os produtos farmacêuticos são um dos principais afetados, com os impostos passando de 12,5% para 20%.

Os deputados ainda analisarão sugestões de alterações na medida provisória que poderão mudar o teor do texto aprovado, sendo que quatro delas já foram rejeitadas. Depois de concluída uma nova votação, prevista para ocorrer nesta quarta-feira (20), a MP seguirá para aprovação pelo Senado.

Com informações: Agência Brasil, G1.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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