Smartwatch Moto 360 Sport é lançado no Brasil por R$ 1.999

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 semanas
Moto 360 Sport

Nesta terça-feira (19), a Motorola lançou no Brasil o Moto 360 Sport, como o nome indica, uma versão atualizada do smartwatch da marca, mas voltada especialmente para atividades esportivas.

O dispositivo, que havia sido revelado em setembro de 2015 junto à segunda geração do Moto 360 “normal” (que segue sem previsão de disponibilidade no país), já pode ser encontrado nos quiosques da Motorola e chegará até o final do mês ao varejo brasileiro. Mas é bom preparar o bolso: o preço sugerido do Moto 360 Sport é de R$ 1.999. Só para que você possa comparar, nos Estados Unidos, o relógio é vendido por cerca de US$ 300.

Segundo os executivos da Motorola, há uma série de fatores que levaram a esse valor, com o dólar alto sendo o principal deles. Ainda assim, a companhia acredita que o gadget consegue oferecer boa relação custo-benefício, não só para o público que é bem ligado a esportes, como também para quem se preocupa com saúde e bem-estar. Então, tá.

Moto 360 Sport

Por causa desse foco em atividades físicas, o Moto 360 Sport tem alguns diferenciais em relação ao restante da linha. Para começar, a pulseira é toda de silicone e conta com um revestimento que a protege de danos causados por suor, chuva, raios solares, entre outros. Os buracos para encaixar o fecho do relógio são bem espaçados para facilitar a ventilação.

É bom mesmo que a pulseira tenha toda essa proteção: não é possível trocá-la. A explicação da Motorola para isso é o fato de a pulseira também envolver a antena de outra novidade do Moto 360 Sport: o GPS. A intenção com a implementação desse componente e dos sensores (monitor cardíaco, acelerômetro, giroscópio, etc.) é deixar o usuário menos dependente do smartphone. Você não precisa levá-lo para traçar o mapa do caminho percorrido numa caminhada, por exemplo. O GPS do smartwatch pode fazer esse trabalho.

Moto 360 Sport

Sim, a tela continua com aquela parte apagada na parte inferior. A justificativa da Motorola é que ali estão, entre outros recursos, o sensor de iluminação do relógio e os circuitos que transmitem informação à tela. Se esta fosse integralmente utilizada, esses componentes teriam que ser posicionados em outros pontos, o que deixaria o dispositivo maior.

De todo modo, dá para notar alguma melhora na tela em relação à geração anterior. O componente conta, por exemplo, com um modo chamado Moto AnyLight que ajusta automaticamente os níveis de brilho e contraste em ambientes bem iluminados para evitar que você tenha que encobrir o relógio com a mão para enxergar bem a tela. Em um rápido teste que fiz, o recurso funcionou direitinho. É uma mão na roda para corridas ou caminhadas em dias ensolarados.

Como sistema operacional, o Moto 360 Sport conta com a última versão do Android Wear, portanto, você pode encontrar um número razoável de apps para fitness compatível com o smartwatch. Mas, como não poderia deixar de ser, a Motorola fez questão de ressaltar o Moto Body, um aplicativo próprio que monitora as suas atividades e oferece estatísticas sobre queima de calorias, distâncias percorridas, frequência cardíaca, entre outros.

Nas entranhas do smartwatch há um processador Snapdragon 400 de 1,2 GHz, GPU Adreno 305, 512 MB de RAM, 4 GB para armazenamento interno (3,5 GB livres para o usuário), Wi-Fi 802.11g (outra novidade), Bluetooth 4.0 e bateria de 300 mAh.

A tela tem 1,37 polegada, resolução de 360x325 pixels e Gorilla Glass 3
A tela tem 1,37 polegada, resolução de 360×325 pixels e Gorilla Glass 3

No Moto 360 de primeira geração a bateria tem 320 mAh, mas a Motorola afirma que essa diferença não diminui a autonomia, pelo contrário: por conta do novo processador e do software mais otimizado, o Moto 360 Sport se sai melhor na economia de energia. Mesmo assim, você ainda precisará recarregar o dispositivo pelo menos uma vez por dia.

De modo geral, o Moto 360 Sport é um smartwatch que causa impressões positivas. A tela tem boa qualidade e a pulseira me pareceu bastante confortável, só para exemplificar. Não nego que a bateria me deixou desconfiado (o Tecnoblog já solicitou uma unidade para review para avaliar esse e outros aspectos), mas o ponto negativo fica mesmo para o preço: o dispositivo custa quase o dobro do Moto 360 de primeira geração.

E a marca Motorola?

O lançamento de hoje marca a primeira coletiva da Motorola no Brasil em 2016. Sendo assim, foi inevitável para a imprensa tocar num dos assuntos mais polêmicos dos últimos dias: o “fim” da marca Motorola.

Na prática, vai continuar tudo da mesma forma. É assim que dá para resumir as respostas dadas pelos representantes da empresa (Lenovo). Eles explicaram que, de fato, haverá grande foco sobre os nomes Moto e Vibe, mas toda a operação continuará como antes. A divisão Motorola Mobility inclusive permanecerá tendo essa denominação. No fundo, tudo não passa de uma readequação para fins de marketing. Veremos se a estratégia funcionará.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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