Um internauta que está disposto a pagar pelo acesso a certos sites tem um trabalhão pela frente. O conteúdo geralmente é publicado por empresas diferentes, o que significa que é preciso criar um novo cadastro e adicionar uma nova forma de pagamento para todas elas. A menos que ele use o Google One Pass, o sistema de pagamento por conteúdo que o Google apresentou nessa quarta-feira.
Essa é mais uma tentativa da empresa de buscas para tornar o conteúdo acessível ao grande público. Qualquer editor de conteúdo – seja virtual ou associado a um veículo impresso – poderá adotar o One Pass, facilitando a vida do consumidor. O login do Google é mais do que suficiente para se registrar no site, confirmar o pagamento e já começar a ler os textos (ou acessar o conteúdo, de modo mais geral).
“Os editores podem personalizar a como e quando eles vão cobrar pelo conteúdo”, afirma o Google. Ficará a cargo da empresa de Comunicação definir se quer cobrar por todo o acesso ao conteúdo, ou apenas a alguns artigos específicos. Uma coisa que o One Pass prevê é que um jornal venda assinaturas digitais, mas isente os assinantes da versão impressa de pagar pela cópia digital.
(YouTube)
Como já era de se esperar, o Google One Pass vai depender do Google Checkout – o PayPal do Google que nunca deu muito certo. Por enquanto ele está disponível para Alemanha, Canadá, Espanha, Estados Unidos, França, Itália e Reino Unido.
De acordo com o Google, o One Pass permitirá o acesso a conteúdo em websites e também nos tablets e smartphones. Só falta mesmo que os desenvolvedores comecem a adotar esse sistema, para sabermos se realmente funciona.
Atualização em 17/02/2011 às 09h37 | Conforme o Rodrigo Ghedin bem notou no MeioBit, o Google vai cobrar uma taxa de quem quiser adotar o One Pass. No caso, de 10% do valor total, uma taxa bem menor que os 30% cobrados atualmente pela Apple na sua App Store.