Há dois dias o Google anunciou o Google Chrome Frame, um plugin para Internet Explorer que força o navegador a utilizar o motor de exibição de páginas e de JavaScript adotado pelo Chrome. Desenvolvedores do mundo todo comemoraram, mas a Microsoft não gostou muito da história.
A companhia publicou comunicado no qual diz que a instalação do Chrome Frame no IE pode deixar o navegador menos seguro. Nas palavras da empresa: “Dados os problemas de segurança com plugins em geral e com o Google Chrome em particular, Google Chrome Frame rodando como um plugin dobrou o espaço disponível para malwares e códigos maliciosos”.
Microsoft preocupada com seus usuários? Isso é bom. Mas é de esperar que, ao oferecer um plugin que praticamente transforma o IE no Chrome, o Google manterá esse plugin sempre atualizado e protegido das vulnerabilidades conhecidas. Além disso, como argumenta Emil Protalisnki do Ars Technica, os códigos maliciosos podem estar se focando no Chrome ou no IE, mas passar pela segurança de ambos os navegadores de uma só vez é algo complicado.
Mas por que alguém preferiria instalar um plugin que transforma o IE em Chrome quando pode instalar o Chrome diretamente? O Rafa, blogger do TB, matou a charada: porque algumas empresas não permitem instalação de aplicativos, mas permitem adição de novos plugins do Internet Explorer.
Além disso, usuários já estão acostumados a lidar com a interface do IE. Então fica mais fácil manter a aparência, mas mudar os motores que fazem o navegador funcionar.
Outro ponto a ser levado em consideração é a melhoria no desempenho que o Chrome Frame proporciona. A ComputerWorld fez o teste de benchmark SunSpider JavaScript, um dos mais conhecidos do mercado de navegadores que avalia a velocidade com a qual o browser executa os códigos. Por incrível que pareça, o Internet Explorer com Chrome Frame ficou 9,6 vezes mais rápido que o IE8 sem o plugin. [Ars/ComputerWorld]