A compra do braço de mobilidade da Motorola pelo Google ainda precisa passar por um acordo pré-nupcial uma análise profunda dos órgãos reguladores americanos antes de ser aprovada, mas até agora os motivos da aquisição não estavam muito bem traçados na mesa. A especulação óbvia era de que a Motorola e suas 18 mil patentes eram o alvo do Google, e não a oportunidade de ter uma fabricante de Androids.
Em uma conversa com o CEO do site Salesforce, Eric Schmidt disse que “o time da Motorola criou alguns produtos espetaculares” e a oferta de compra da empresa “foi feita por motivos além apenas das patentes”.
Essa atitude também dá indícios que o Google pode não interferir tanto nos negócios da Motorola quanto nós suspeitávamos. E isso é tão bom quanto ruim: o Google pode tanto não oferecer vantagens para a Motorola, como acesso mais cedo às distribuições novas do Android (e dessa forma deixar o mercado mais competitivo), como também pode não interceder com boas ações, como a remoção da já odiada interface MotoBlur nos futuros modelos da empresa.
De qualquer forma, agora sabemos que o Google quer mesmo é engordar seu portifólio de patentes para encerrar a disputa judicial com a Apple e Microsoft. E como tinha alguns bilhões de dólares sobrando, a empresa resolveu usá-los para acelerar (e potencialmente ganhar) essa batalha.
Com informações: Bloomberg.
Atualização às 12:46 | O artigo dizia anteriormente que O Google estava interessado apenas nas patentes, quando na verdade o Hardware também é de interesse da empresa. O texto foi alterado para refletir essas informações.