Schmidt diz que Google quer Motorola não só pelas patentes

Rafael Silva
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• Atualizado há 1 semana

A compra do braço de mobilidade da Motorola pelo Google ainda precisa passar por um acordo pré-nupcial uma análise profunda dos órgãos reguladores americanos antes de ser aprovada, mas até agora os motivos da aquisição não estavam muito bem traçados na mesa. A especulação óbvia era de que a Motorola e suas 18 mil patentes eram o alvo do Google, e não a oportunidade de ter uma fabricante de Androids.

Oops, descobriram

Em uma conversa com o CEO do site Salesforce, Eric Schmidt disse que “o time da Motorola criou alguns produtos espetaculares” e a oferta de compra da empresa “foi feita por motivos além apenas das patentes”.

Essa atitude também dá indícios que o Google pode não interferir tanto nos negócios da Motorola quanto nós suspeitávamos. E isso é tão bom quanto ruim: o Google pode tanto não oferecer vantagens para a Motorola, como acesso mais cedo às distribuições novas do Android (e dessa forma deixar o mercado mais competitivo), como também pode não interceder com boas ações, como a remoção da já odiada interface MotoBlur nos futuros modelos da empresa.

De qualquer forma, agora sabemos que o Google quer mesmo é engordar seu portifólio de patentes para encerrar a disputa judicial com a Apple e Microsoft. E como tinha alguns bilhões de dólares sobrando, a empresa resolveu usá-los para acelerar (e potencialmente ganhar) essa batalha.

Com informações: Bloomberg.

Atualização às 12:46 | O artigo dizia anteriormente que O Google estava interessado apenas nas patentes, quando na verdade o Hardware também é de interesse da empresa. O texto foi alterado para refletir essas informações.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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