Retrospectiva: os jogos mais bacanas de 2011 (Parte 2)

Gus Fune
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• Atualizado há 9 meses
Rayman Origins é o novo plataformer da Ubisoft que é simplesmente um dos trabalhos artísticos mais bonitos de 2011.

No artigo de ontem comecei uma breve retrospectiva de 2011 no mundo dos games, citando os principais lançamentos do ano. Nessa segunda parte vou concluir essa passada sobre os principais games que marcaram o ano. Ou achavam mesmo que eu ia falar sobre os títulos que chamaram a atenção em 2011 só na primeira parte?

Invadindo seu console

Apocalipse zumbi e invasão alien são temas favoritos de 11 dentre cada 10 fãs de ficção científica. Em 2011 o tema foi muito bem representado. No lado dos mortos vivos: Dead Island, a ilha no pacífico invadido por seres sedentos por carne humana fresca mostrou muita violência e diversão.

Já no lado dos monstros de outro mundo, mais um FPS com 3 no nome: Serious Sam 3: Before First Encounter. Inclusive, Serious Sam foi destaque por usar uma política diferente contra a pirataria: o uso de um monstro invencível.

Tanner voltou em Driver 3. O jogo ta bonitão e com várias reformulações no gameplay pra lembrar mais as origens da série e menos GTA.

Revolução indie

O cenário indie mundial tem ganhado muita atenção por conta da criatividade. Excelente jogos tem saído em equipes pequenas de 1 a 5 pessoas e que tem desbancado as gigantes melhor exemplo: Minecraft, que foi lançado em novembro depois de um beta de 2 anos e já conta com 4 milhões de cópias vendidas.

Mais: Razões para você jogar Minecraft (ou não)

E não foi só Minecraft que encabeçou a lista de mais vendidos. A lista do Steam foi dominada em alguns dias por games como Terraria (uma espécie de Minecraft em 2D), Bastion, Dungeons of Dredmor (um dungeon crawler com ar retrô), Blocks That Matter (plataformer com conceito bem curioso) e The Binding of Isaac, um dungeon crawler obscuro e extremamente complicado de Edmund McMillen, criador de Super Meat Boy.

Forza Motorsport 4: qualquer imagem podia ter sido selecionada pra mostrar o quão bonito e realista são os gráficos do jogo, mas essa imagem entrou no lugar por conta do teor épico que ela possui.

Outro ponto a favor dos indies foi o surgimento dos bundles, pacotes com diversos jogos vendidos juntos no modelo “pague o quanto quiser”. O dinheiro arrecadado vai parte pros desenvolvedores e parte para ONGs. O mais conhecido é o Humble Bundle, que em sua última edição (ainda no ar) arrecadou mais de 2 milhões de dólares! Outro que tem feito bastante sucesso é o Indie Royale, com uma pequena diferença no conceito: você paga pelo jogo, mas não sabe o que vai vir no bundle. Surpresa? Agradável, já que só sai jogão nas seleções deles.

Também vale citar o Kickstarter como fator importante pro sucesso de alguns lançamentos indies do ano. Ao mostrar um demo bacana e permitir que a comunidade contribua com o financiamento da produção, o jogo acaba ganhando bastante divulgação antes mesmo de ser confirmado se o jogo sai ou não. Inclusive, Blocks That Matter teve parte do sucesso por conta da visibilidade que o jogo ganhou no projeto de arrecadação de fundos meses antes.

Assasin’s Creed: Revelations é um jogo incrível não só por conta do óbvio, mas também pelo fato de a Ubisoft (ninja) conseguir lançar um novo e gigantesco jogo nessa série a cada ano. Impossibru!

O fim das guitarras de plástico

Nesse ano a Activision resolveu matar uma de suas franquias de maior sucesso. Guitar Hero não vai ter mais jogos planejados por um bom tempo. O motivo do cancelamento: saturação do gênero, que lançava um novo game a cada ano e claro, queda dos lucros.

Enquanto uns pregam caixões, outros aproveitam pra inovar e surpreender. E foi no mesmo ano em que guitarras de plástico não verão novos games que guitarras de verdade vão achar um lugar plugadas nas salas de milhões de lares. A Ubisoft lançou agora no segundo semestre Rocksmith, um game que segue a mesma premissa dos button mashers de música só que com uma guitarra de verdade e em que o jogador realmente aprende a tocar. Embora tenha tido o lançamento um pouco ofuscado pelo bombardeio de FPS lançados no ano, Rocksmith ainda assim é um sucesso e que promete ficar na área por um bom tempo, eu testei e aprovei.

Mobile: foi-se o tempo que celular só servia pro jogo da serpente

O sucesso de vendas de dispositivos com Android e iOS também refletiu uma mudança no mundo dos games. Empresas totalmente dedicadas a plataformas mobile tem tido resultados muito positivos. Dois jogos que merecem uma citação são: Infinity Blade, o RPG lindão criado pela Chair, e Jetpack Joyride, um jogo casual com visual retrô e extremamente viciante.

25 anos de Zelda

2011 também marcou o aniversário de 25 anos da série Legend of Zelda. A Nintendo não deixou o acontecimento passar em branco e promoveu diversas ações comemorativas. Além do anúncio de um Zelda em HD para o Wii U, o primeiro game da série foi relançado e pode ser jogado no console virtual do Wii e do 3DS. E não podemos falar de Zelda sem mencionar o último lançamento da série para Wii, The Legend of Zelda: Skyward Sword. Simplesmente fenomenal.

Batman Arkhan Asylum: qualquer comentário que for feito vai desmerecer esse jogão (Imagem meramente ilustrativa).

Remasters: old, but gold

O sucesso de ontem não precisa ficar enterrado no passado. Assim como Hollywood as empresas de games descobriram que é um tiro certeiro aproveitar jogos antigos e relança-los com uma carinha nova. Só que ao invés de refazer tudo, em games é muito mais fácil (e barato) dar uma roupagem nova: em HD, 3D e com suporte a troféus ou conquistas. Dentre os que entraram na lista do “vale a pena jogar de novo” está God of War: Collection, Metal Gear Solid HD Collection, Halo: CE Aniversary  e Ico & Shadow of The Colossus Collection.

E falar em revival, ninguém acreditou quando Duke Nukem Forever saiu do inferno de desenvolvimento e se coroou como o Chinese Democracy do mundo dos games. Pra quem não sabe, Chinese Democracy foi um album do Guns n’ Roses que levou 15 anos pra ficar pronto e foi o álbum com a pior recepção do público da crítica na história da banda. DKF também ficou 15 anos em produção e é quase raro encontrar um review que dê uma nota acima de 5 pro jogo (numa escala de até 10).

Com isso concluo minha revisão pelo ano de 2011 que foi extremamente bacana com os gamers. Dentre os jogos citados nesse post e na primeira parte, quais marcaram o seu ano? Faltou algum na retrospectiva? Não deixe de comentar.

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Gus Fune

Gus Fune

Ex-redator

Gus Fune é formado em Comunicação Social e pós-graduado em desenvolvimento e design de Games. No Tecnoblog, cobriu eventos como Electronic Entertainment Expo (E3), Game Developer Conference (GDC) e South by Southwest (SXSW) e escreveu sobre esse universo. Atua, hoje, como diretor de tecnologia e assessor, mas já esteve em projetos de empresas como 3M e Motorola.

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