Twitter Spaces vs Clubhouse; qual deles usar?

Twitter Spaces e Clubhouse são populares plataformas de grupos de áudio; conheça as diferenças e semelhanças entre elas

Darlan Helder
• Atualizado há 10 meses
Twitter Spaces vs Clubhouse; qual deles usar? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)
Twitter Spaces vs Clubhouse; qual deles usar? (Imagem: Vitor Pádua/Tecnoblog)

Twitter Spaces e Clubhouse se tornaram as principais plataformas de áudio em 2021. Ambas permitem que o usuário crie uma sala para debater sobre temas diversos, também é possível selecionar quem pode ser orador e, por enquanto, as duas redes sociais só funcionam no celular. Apesar das semelhanças em recursos de áudio, existem muitas diferenças entre elas. Afinal, Twitter Spaces ou Clubhouse? Qual delas usar? É o que vamos descobrir neste comparativo.

Twitter Spaces x Clubhouse: como eles funcionam?

Tanto o Twitter Spaces como o Clubhouse são redes que remetem ao rádio e ao podcast. Para melhor compreensão, elas permitem criar grupos com speakers e ouvintes que podem conversar sobre diversos assuntos: comportamento, marketing, redes sociais, reality shows, dentre outros. Os bate-papos são ao vivo e o host, aquele que abre a sala, pode dar permissão para que outros participantes possam falar. Essas conversas, porém, não ficam gravadas para você ouvir mais tarde.

Disponibilidade (iOS, Android e desktop)

Clubhouse e Twitter Spaces (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Clubhouse e Twitter Spaces (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

O Clubhouse só pode ser usado por donos de iPhone e iPad (iOS e iPadOS, respectivamente). Por enquanto, a versão para Android não está disponível, mas os criadores disseram que ela estará pronta nos próximos meses. Já o Twitter Spaces é mais amplo: ele foi lançado em 2020, restrito apenas no iOS. Agora a versão para Android já está disponível (aos poucos, para algumas pessoas).

Ambos ainda não funcionam no desktop.

Twitter Spaces e Clubhouse: diferenças e semelhanças

Como sair de uma sala no Clubhouse (Imagem: William Krause/Unsplash)
Como sair de uma sala no Clubhouse (Imagem: William Krause/Unsplash)

Comparando os dois serviços, note que o Twitter Spaces é apenas um recurso dentro do Twitter, enquanto o Clubhouse é um aplicativo exclusivo de áudio sem outras funções embarcadas. A rede social do passarinho azul, porém, se beneficia de já ter uma base ampla de usuários, o que torna o Spaces mais popular e acessível. Ainda vale observar que o recurso não tem uma página própria e está integrado ao Fleets, considerado os “stories” do Twitter.

Twitter Spaces no Android (Imagem: Divulgação/Twitter)
Twitter Spaces no Android (Imagem: Divulgação/Twitter)

Por outro lado, no Clubhouse, você só vai encontrar um feed com outras conversas em andamento e pode participar daquelas que estão no modo público. Diferentemente do Twitter, o orador consegue agendar uma conversa e o ouvinte pode ativar o sininho para não perder o bate-papo. Além disso, o host do Clubhouse tem maior liberdade para definir se a sala criada será aberta para todo mundo ou restrita para algumas pessoas, como explicaremos adiante.

Já o Spaces permite reagir com emojis (😂, ✊, 👋, 💯 e ✌️), que ficam sobre a foto de perfil do ouvinte; os participantes também podem compartilhar um ou mais tweets dentro da sala e discutir sobre eles (o conteúdo aparece no topo do grupo); por fim, acessibilidade é outro ponto que faz o Spaces se sobressair: se o host liberar, o Twitter passa a exibir legendas do bate-papo para pessoas surdas ou com deficiência auditiva. Confira abaixo alguns dos principais recursos encontrados em cada plataforma:

RecursosTwitter SpacesClubhouse
Seguir pessoas✅ Sim (do Twitter)✅ Sim
Criação de perfil✅ Sim (do Twitter)✅ Sim
Convidar pessoas✅ Sim✅ Sim
Reação com emojis✅ Sim❌ Não
Agendar conversas❌ Não✅ Sim
Gravação para ouvir depois❌Não❌Não
Salas privadas (pessoas selecionadas)❌Não✅ Sim
Legenda (acessibilidade)✅ Sim❌ Não
Sem limite de ouvintes✅ Não❌ Sim (até 5 mil)
Monetização❌Não✅Sim (em teste)

Como criar uma sala no Twitter Spaces e no Clubhouse

Moderadores e falantes do Clubhouse (Imagem: Reprodução/Clubhouse)
Moderadores e falantes do Clubhouse (Imagem: Reprodução/Clubhouse)

No Twitter Spaces, os usuários com acesso ao recurso podem abrir o aplicativo do Twitter e seguir este passo a passo:

  • Pressione o botão de criar tweet localizado na lateral inferior direita;
  • Por fim, clique no ícone do Spaces, defina as configurações de transmissão e comece a sala.

Também é possível abrir uma sala ao clicar na sua foto do Fleets. Ao deslizar, você encontrará o menu “Espaço” para iniciar a conversa. Antes de começar, o host precisa obrigatoriamente definir quem deve falar no grupo (qualquer pessoa, pessoas que você segue ou somente aqueles que você convidar) – o Spaces pode ter até 11 speakers.

Como funciona o twitter spaces
Twitter Spaces (Imagem: Reprodução/ Twitter)

No Clubhouse, qualquer pessoa (com convite aceito) pode ser orador. O grande diferencial em relação ao Twitter Spaces é que a pessoa pode abrir salas públicas, apenas com pessoas que você segue ou privadas (com usuários selecionados). Estas são opções interessantes que o concorrente não oferece: no Twitter, todos os espaços são públicos.

Agora saiba como iniciar um grupo de áudio no Clubhouse:

  • Abra o aplicativo e clique no botão verde “Start a room”;
  • Selecione se a sala será aberta para todo mundo, apenas para quem você segue ou clique em “Closed”, que é usado para criar uma sala com alguns amigos selecionados;
  • Após definir, basta clicar em “Let’s go” para abrir o grupo.

Twitter Spaces e o Clubhouse gravam o meu áudio?

Convidando uma pessoa para ser speaker no Twitter Spacer (Imagem: Divulgação/Twitter)
Convidando uma pessoa para ser speaker no Twitter Spacer (Imagem: Divulgação/Twitter)

Sim. O Twitter Spaces e o Clubhouse gravam todas as conversas, mas cada empresa tem a sua política para isso. O Clubhouse exclui automaticamente a gravação quando a sala termina. Entretanto, caso algum participante reporte violações durante a conversa, a empresa segura o áudio e apura a denúncia. É importante frisar: o usuário precisa relatar enquanto a sala estiver aberta, porque depois não é possível fazer o registro. “Se nenhum incidente for relatado em uma sala, excluímos a gravação de áudio temporária quando ela termina”, diz o Clubhouse.

O Twitter Spaces fica com a cópia de áudios e legendas por 30 dias para possíveis revisões no futuro. No entanto, a empresa pode expandir esse período para 90 dias, o que ajuda o usuário bloqueado a recorrer da decisão.

Twitter Spaces e Clubhouse: qual usar?

Clubhouse e Twitter Spaces (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)
Clubhouse e Twitter Spaces (Imagem: Darlan Helder/Tecnoblog)

Twitter Spaces e Clubhouse são plataformas novas, em fase beta, e que estão sendo aprimoradas aos poucos. É por isso também que, por ora, não existe a melhor. Ambas as empresas prometem novos recursos, bem como a ampliação da disponibilidade. No Twitter, pesa a seu favor o fato de já ter uma base gigante de usuários, enquanto o Clubhouse ainda está mais restrito e precisa chegar logo no Android para a popularidade não derreter.

Para quem usa Android, a melhor opção, sem dúvidas, é o Twitter Spaces, tendo em vista que a rede social passou a liberar o recurso para Android (beta) e iOS. Por outro lado, o Clubhouse pode ser mais interessante se você pretende criar “eventos” maiores, já que ele aceita muito mais speakers, permite agendar conversas e abrir salas privadas, recursos que, infelizmente, o Spaces ainda não oferece.

Agora é só analisar aquele que irá entregar a melhor experiência para você e seus ouvintes! 🙂

Com informações: Transistor.fm; Screen Rant; Mashable; Twitter.

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Darlan Helder

Darlan Helder

Ex-autor

Darlan Helder é jornalista e escreve sobre tecnologia desde 2019. Já analisou mais de 200 produtos, de smartphones e TVs a fones de ouvido e lâmpadas inteligentes. Também cobriu eventos de gigantes do setor, como Apple, Samsung, Motorola, LG, Xiaomi, Google, MediaTek, dentre outras. No Tecnoblog, foi autor entre 2020 e 2022. Ganhou menção honrosa no 15º Prêmio SAE de Jornalismo 2021 com a reportagem "Onde estão os carros autônomos que nos prometeram?", publicada no Tecnoblog.