Uber e outras dez empresas querem operar 100 mil patinetes em São Paulo
As companhias enviaram à Prefeitura documentos contendo planos de operação dos patinetes elétricos
O prazo do chamamento da Prefeitura de São Paulo por interessados em operar patinetes elétricos na cidade se esgotou nesta segunda-feira (18). Com ele, onze empresas, incluindo Uber, Yellow e Grin se apresentaram para formalizar a implantação do serviço e adotar medidas de segurança e manutenção.
Segundo a Folha de S.Paulo, as companhias desejam operar, ao todo, mais de 100 mil veículos. Para isso, cada uma delas levou à Prefeitura documentos que detalham planos de operação na cidade. Eles reúnem informações sobre a quantidade de veículos disponibilizados, os prazos para o início da oferta e as áreas de atuação.
Além das já citadas, as empresas que atenderam ao chamamento foram Trunfo, Tembici, Serttel, Bird, FlipOn, Lime, Scoo e Mobileasy. A Prefeitura deseja criar, junto delas, regras de circulação e cálculos mais precisos a respeito do serviço.
A expectativa é de que a regulamentação leve três meses para ficar pronta. Até lá, as companhias seguem uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito), que permite o uso de patinetes em ciclovias e ciclofaixas com velocidade máxima de 20 km/h, em calçadas com limite de 6 km/h e na faixa da direita das ruas no mesmo sentido dos carros.
Para a Secretaria de Mobilidade e Transportes, é preciso proibir o tráfego de patinetes nas calçadas e reduzir a velocidade permitida em ciclovias. A Prefeitura também deseja estabelecer um padrão de tecnologia e segurança para as empresas.
O vereador Police Neto (PSD), que coordena estudos de micromobilidade em São Paulo, afirma que o mercado de patinetes pode chegar a 15 milhões de deslocamentos diários na cidade. O número é do Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento).
O órgão levou em consideração os trajetos de menos de 5 km feitos por pessoas entre 18 e 55 anos de idade em São Paulo. De acordo com o Cebrap, o número pode ser ainda maior: 53% dos 40 milhões de deslocamentos podem ser feitos por patinetes e bicicletas.
Com a oferta esperada pelas empresas, o setor poderá movimentar a economia da cidade e gerar mais postos de trabalho. A estimativa do vereador é de que o segmento registre um investimento de R$ 500 milhões e ajude a criar 5 mil empregos.