Você poderá eliminar os anúncios do YouTube com uma assinatura mensal

Rafael Silva
Por
• Atualizado há 1 semana
YouTube

Criadores de conteúdo do YouTube começaram a receber hoje um email contendo mudanças nos termos de serviço para parceiros do site. Embora o email deste tipo não seja algo incomum (o YouTube constantemente muda os termos para integrar novos recursos e formas de ganhar dinheiro), o seu conteúdo é. Pela primeira vez o YouTube anunciou oficialmente que planeja lançar a opção de assinatura mensal fixa para usuários que não quiserem assistir propagandas no YouTube.

O email diz que o YouTube planeja “oferecer aos fãs uma versão sem anúncios do YouTube por uma taxa mensal. Com a criação de um novo serviço de assinatura, geramos uma nova fonte de receita que complementará sua crescente receita de publicidade”. Esta opção já estava circulando há meses como rumor e apenas agora foi confirmada. A mensagem não diz, entretanto, qual o valor da assinatura mensal que será oferecida.

A mensagem leva a este link que contém as mudanças dos termos e só pode ser visualizado por quem tem uma conta de parceiro do YouTube. Os novos termos também estabelecem como funcionará o compartilhamento dos lucros provenientes de assinaturas:

“Receitas de Assinaturas. O YouTube realizará o pagamento a você de 55% das receitas líquidas totais reconhecidas pelo YouTube decorrentes de taxas de assinaturas que forem atribuídas a visualizações mensais ou horas de visualizações do seu Conteúdo como uma porcentagem das horas de visualizações ou visualizações mensais de todos os conteúdos participantes ou de um subconjunto destes na oferta de assinatura relevante (conforme estipulado pelo YouTube). Se o seu Conteúdo estiver incluído em múltiplas ofertas de assinaturas e for visualizado por um usuário, o YouTube fará o pagamento a você com base na oferta de assinatura que tenha o maior valor de receitas líquidas reconhecidas pelo YouTube, conforme calculado pelo YouTube.”

Ainda nos termos, o YouTube avisa que ele precisa ser aceito até o dia 15 de junho, o que indica que esta será a data em que o serviço passará a oferecer esta opção. Quem não aceitar os termos não poderá mais monetizar seus vídeos, mesmo que só queira continuar com a publicidade.

Atualmente o YouTube se mantém no ar principalmente com venda de anúncios. Embora o site ofereça opções de assinatura de canais pagos e venda e aluguel de filmes, dentre outros, é a publicidade que mais enche os cofres do Google. A estimativa do ano passado da empresa especializada eMarketer era de que ao todo o YouTube geraria US$ 1,13 bilhão em lucros apenas com este modelo de negócios.

Com a nova opção, o YouTube mostra que está aberto a testar o modelo de negócios que já funciona em serviços de streaming de música e outros. Mas como ela será aceita numa época em que o AdBlock já tem uma adoção grande, não há como prever.

O valor da assinatura é o que acabará determinando o sucesso ou fracasso desta nova opção. E só saberemos qual é o valor quando estivermos mais perto do dia 15 de junho.

Dica do Rafael de Almeida no Twitter.

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Rafael Silva

Rafael Silva

Ex-autor

Rafael Silva estudou Tecnologia de Redes de Computadores e mora em São Paulo. Como redator, produziu textos sobre smartphones, games, notícias e tecnologia, além de participar dos primeiros podcasts do Tecnoblog. Foi redator no B9 e atualmente é analista de redes sociais no Greenpeace, onde desenvolve estratégias de engajamento, produz roteiros e apresenta o podcast “As Árvores Somos Nozes”.

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