É o fim do projeto de realidade aumentada Google Tango

Google vai focar no ARCore, que não precisa de hardware específico para funcionar

Paulo Higa
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• Atualizado há 2 semanas

Quando foi anunciado pelo Google, em junho de 2014, o Tango era uma plataforma de realidade aumentada que prometia mapear o mundo em 3D por meio de visão computacional e um monte de sensores nos smartphones. Produtos foram criados especificamente para o Project Tango, como o Lenovo Phab 2 Pro e o Zenfone AR. Agora, sem muita surpresa, ele será descontinuado.

O Google anunciou em um simples tweet que o suporte ao Tango será encerrado em 1º de março de 2018. O objetivo é passar a focar no ARCore, concorrente direto do ARKit, da Apple, que possibilita experiências com realidade mista, mas não exige câmeras infravermelho ou sensores específicos — ele funciona na linha de smartphones Pixel e no Galaxy S8.

O Tango foi lançado somente em dois smartphones comerciais. O Phab 2 Pro tinha sensores de movimento e profundidade, câmera fisheye e captura de vídeo com Dolby Audio 5.1 para… colocar efeitos em tempo real na câmera e medir distâncias. O Zenfone AR tinha 8 GB de RAM, o melhor processador da Qualcomm e era o primeiro aparelho com Daydream e Tango ao mesmo tempo, mas ninguém sabia explicar o que ele fazia.

Agora, parte da tecnologia desenvolvida no Project Tango será incorporada ao ARCore, que precisa apenas de uma câmera e um acelerômetro para funcionar. Ele ainda tem suporte a poucos aparelhos, mas o objetivo é levá-lo para “centenas de milhões” de smartphones em algum futuro. Veremos.

Com informações: TechCrunch.

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Paulo Higa

Paulo Higa

Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.

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