Dados coletados pelo Spotify

O Spotify tem acesso a tudo que o usuário faz com o aplicativo, mas o que pode te surpreender é que há uma lista enorme do que foi feito em cada instalação do serviço, e que tudo isso está armazenado nos servidores do mais popular aplicativo de músicas via streaming – neste exato momento.

Você deve ter ficado animado depois de saber que dá pra usar músicas como despertador no Android, ou então que cartões de débito podem ser utilizados para assinar o serviço de streaming no Brasil. O que pode não te deixar tão animado é saber que o Spotify guarda absolutamente toda interação que você faz com o serviço.

De acordo com um tuíte de Peter Steinberger, desenvolvedor, fundador e CEO do aplicativo PDF Viewer, é possível solicitar a lista de dados armazenados nos servidores do Spotify. Segundo ele, depois de receber apenas alguns dados e xingar muito no twitter reclamar via e-mail, um download com 250 MB de dados foi entregue.

Tudo estava lá, desde o tamanho da janela utilizada no navegador do computador, IP que acessou o serviço (e que, com base nesta informação, pode ter uma ideia de qual local do mundo o app foi aberto), quando que a conexão falhou, publicidade que não abriu direito, em qual música uma playlist foi interrompida e até mesmo a marca do fone de ouvido sem fios que foi utilizado para escutar as canções.

O envio dos dados armazenados em servidores é uma das obrigações que estão no GDPR, que significa Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados – na Europa. Ter todas as informações armazenadas pode ajudar na melhoria do serviço prestado, mas é assustador que até mesmo a marca do fone de ouvido utilizado é armazenada.

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André Fogaça

André Fogaça

Ex-autor

André Fogaça é jornalista e escreve sobre tecnologia há mais de uma década. Cobriu grandes eventos nacionais e internacionais neste período, como CES, Computex, MWC e WWDC. Foi autor no Tecnoblog entre 2018 e 2021, e editor do Meio Bit, além de colecionar passagens por outros veículos especializados.

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