Apple suspende taxa de 30% em eventos do Facebook pagos via iPhone

Com acordo entre Apple e Facebook, criadores de conteúdo que cobrarem por lives ficarão com todo o valor pago por espectadores

Victor Hugo Silva
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Facebook - live paga

O Facebook conseguiu evitar temporariamente a taxa de 30% para lives pagas realizadas por iPhone ou iPad. Isso porque a Apple aceitou suspender até 31 de dezembro a cobrança pelo uso de seu sistema de pagamento, o que permitirá aos criadores de conteúdo ficarem com todo o valor pago por espectadores. A decisão, porém, não vale para quem faz transmissões ao vivo no Facebook Gaming.

A suspensão da taxa da Apple era um dos pedidos do Facebook desde agosto, quando a opção de lives pagas foi lançada. Na ocasião, a rede social argumentou que a cobrança de 30% prejudicaria pequenas empresas e afirmou que elas “não deveriam ter que se preocupar com taxas cobradas pelas plataformas”.

Com o acordo, empresas terão um intervalo até que os 30% voltem a ser descontados, mas lives da seção de games do Facebook seguirão pagando a taxa. “Infelizmente, tivemos que fazer esta concessão para obter o adiamento temporário para outras empresas”, afirmou o head do Facebook Gaming, Vivek Sharma.

A Apple afirma que aceitou a suspensão para ajudar negócios a se adaptarem aos modelos digitais em meio à pandemia do novo coronavírus. A empresa alegou que seguirá cobrando a taxa de criadores de conteúdo do Facebook Gaming porque eles já estão adaptados ao ambiente digital e não foram afetados pela crise sanitária.

Facebook não cobrará de lives pagas até 2021

Disponíveis em 20 países, incluindo o Brasil, as transmissões ao vivo facilitam a realização de eventos como shows, cursos e palestras. As lives feitas por iPhone e iPad não terão taxas até o fim de 2020 e, depois, passarão a descontar os 30% da Apple. Em outras plataformas, no Android e na versão web da rede social, a isenção vale ao menos até agosto de 2021.

A decisão de suspender a taxa também chama atenção por conta de críticas à Apple feitas por outras empresas. Por conta do que classificam como práticas “anticompetitivas” na App Store, companhias como Spotify, Epic Games, Deezer e Tile se uniram para criar a Coalition for App Fairness, que diz ter o objetivo de “criar condições de disputa para desenvolvedores e dar liberdade de escolha aos usuários”.

Com informações: Engadget, MacRumors.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.

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