Pix: mecanismo de devolução passa a valer a partir desta terça-feira (16)

Mecanismo antifraude do Pix aprovado pelo Banco Central em junho prevê maior agilidade para reembolsar valores de vítimas de fraude ou erro bancário

Pedro Knoth
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• Atualizado há 2 anos e 4 meses
Pix (Imagem: Divulgação/Banco Central)

O Pix é o aniversariante do dia, mas é ele que vai dar um presente a seus usuários. A partir desta terça-feira, o Banco Central implementa um recurso que agiliza o ressarcimento de valores de transferências que resultaram de uma fraude ou erro da instituição financeira. O Mecanismo Especial de Devolução foi aprovado pelo BC em uma resolução publicada em junho, que também dava tempo às empresas para se adaptarem.

Mecanismo antifraude do Pix regulariza ações de bancos

Até então, quando ocorria uma fraude ou falha durante a transação do Pix, as instituições financeiras envolvidas precisavam aplicar procedimentos bilaterais para devolver o dinheiro em questão.

De acordo com o BC, isso gerava uma lentidão ao processo, o que por sua vez provocava demora na análise e resolução do caso. Agora, com o Mecanismo Especial de Devolução, as regras para devolução de valores via Pix foram padronizadas — isso deve agilizar o trâmite de vítimas de erro ou roubo.

O novo mecanismo antifraudes do Pix pretende combater uma questão muito levantada com o uso da ferramenta: a aplicação de golpes que se valem de engenharia social. Para todo tipo de usuário do meio de pagamento, há um tipo de esquema: golpes atingem desde pequenos empreendedores a pessoas comuns.

O Pix é uma das partes fundamentais no planejamento do Banco Central para oferecer um ecossistema integrado de soluções financeiras, mais conhecido como Open Banking. O programa teve sua primeira fase inaugurada em fevereiro, e atualmente já está na terceira etapa.

Em breve, mais novidades que fazem parte do calendário do Open Banking devem chegar ao Pix. é o caso do Pix Saque e Pix Troco, que estão previstos para lançamento no dia 29 deste mês.

O Pix Saque tem um nome bastante intuitivo e que serve para isso mesmo: o cliente poderá sacar dinheiro em espécie em qualquer estabelecimento que tenha meios para retirada do dinheiro. A operação será feita usando um QR code, para o qual o usuário aponta a câmera de seu celular, e ele o leva a sua conta corrente. Já com o Pix Troco, será possível obter o dinheiro que sobrou de uma transação financeira pela ferramenta do BC.

Pix faz aniversário com mais de 110 milhões de usuários

O Pix foi lançado ao mercado exatamente um ano atrás. Na época, o sistema de pagamentos gerou estranheza dos usuários. Conforme os meses, mais e mais brasileiros passaram a usar a ferramenta do PC como uma alternativa para compras, pagamento de contas e boletos, e até serviços.

De acordo com uma pesquisa da Fundação Dom Cabral em parceria com a Brinks, cerca de 50% dos brasileiros já usaram ou usam o Pix. Um ano depois de usa inauguração, o meio de pagamento registra mais de 110 milhões de usuários.

Apesar dos êxitos do Pix, a ferramenta também atraiu criminosos. Diversos tipos de golpes de engenharia social que fazem uso do meio de pagamento surgiram, o que levou o BC a impor limites de transação no período noturno.

Com informações: Convergência Digital

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Pedro Knoth

Pedro Knoth

Ex-autor

Pedro Knoth é jornalista e cursa pós-graduação em jornalismo investigativo pelo IDP, de Brasília. Foi autor no Tecnoblog cobrindo assuntos relacionados à legislação, empresas de tecnologia, dados e finanças entre 2021 e 2022. É usuário ávido de iPhone e Mac, e também estuda Python.

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