Apple bane termos como “lista negra” e “mestre” de APIs e códigos

“Blacklist”, “master” e outras palavras que podem ser consideradas não inclusivas estão sendo trocadas pela Apple

Emerson Alecrim
• Atualizado há 3 anos
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Linus Torvalds decidiu banir termos como blacklist e slave do código-fonte e da documentação do Linux em prol de uma terminologia mais inclusiva. O assunto tem gerado polêmica, mas a decisão de Torvalds não é isolada: várias empresas de tecnologia estão seguindo pelo mesmo caminho. A Apple está entre elas.

Nesta semana, a companhia divulgou uma nota em sua página para desenvolvedores dizendo que está removendo e trocando termos não inclusivos nos códigos de seu ecossistema. A medida afeta APIs, documentações, projetos de código-fonte aberto (como o WebKit) e o ambiente de desenvolvimento Xcode, por exemplo.

Terminologia não inclusiva deve ser entendida como um conjunto de palavras ou expressões que podem assumir conotação racista ou discriminatória.

Nesse sentido, termos como allowlist (lista de permissões) ou denylist (lista de bloqueios) devem, sempre que possível, entrar no lugar de whitelist (lista branca) e blacklist (lista negra), por exemplo. O mesmo vale para palavras como master (mestre) e slave (escravo).

De acordo com a companhia, a revisão de terminologia começou em 22 de junho com as documentações disponibilizadas na WWDC20 e, desde então, vem sendo expandida.

Com a medida, a Apple se junta a várias empresas de tecnologia que decidiram evitar o uso de termos potencialmente discriminatórios. Entre elas estão Twitter, Microsoft, GitHub e LinkedIn, além de desenvolvedores de projetos como Android, MySQL, PHPUnit, Curl e, como você já sabe, Linux.

Esse movimento existe há algum tempo, mas ganhou força após os numerosos protestos pela morte de George Floyd, nos Estados Unidos.

Com informações: 9to5Mac.

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Emerson Alecrim

Emerson Alecrim

Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.