A Apple confirmou que está comprando o Shazam, serviço de reconhecimento de música. Fontes dizem ao TechCrunch e Recode que o valor da aquisição é de US$ 400 milhões.

Um porta-voz da Apple diz em comunicado que “o Apple Music e o Shazam se encaixam naturalmente, compartilhando uma paixão pela descoberta de música e oferecendo excelentes experiências aos nossos usuários”.

Por enquanto, a Apple não revela o que fará com o Shazam — se vai mantê-lo ativo, ou se vai encerrá-lo. Eles dizem apenas que têm “planos emocionantes” para o aplicativo.

O Shazam começou em 1999, bem antes da era dos apps: usuários no Reino Unido ligavam para 2580 e o celular gravava até trinta segundos de áudio para identificar a música; o resultado era enviado via SMS.

Em 2008, ele foi um dos primeiros aplicativos lançados na App Store do iPhone, redirecionando usuários para comprar músicas no iTunes. No mesmo ano, veio o app para Android, que levava para a Amazon MP3 Store.

Esses links rendem uma comissão. O CEO Rich Riley disse ao Wall Street Journal que 10% das vendas de música digital vêm do Shazam — por muitos anos, esse foi o ganha-pão da empresa. No entanto, à medida que os usuários migraram para serviços de streaming, o faturamento foi diminuindo, o que motivou a venda para a Apple.

O Shazam envia um milhão de cliques por dia para Spotify, Deezer e outros serviços de streaming. Após a aquisição, a Apple deve interromper esse fluxo. Além disso, a Siri poderá reconhecer músicas de forma mais integrada (ela já usa o Shazam para tanto).

Segundo o Recode, a Snap — empresa por trás do Snapchat — também queria comprar o Shazam, mas não conseguiu superar a Apple.

Com informações: MacStories.

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Felipe Ventura

Felipe Ventura

Ex-editor

Felipe Ventura fez graduação em Economia pela FEA-USP, e trabalha com jornalismo desde 2009. No Tecnoblog, atuou entre 2017 e 2023 como editor de notícias, ajudando a cobrir os principais fatos de tecnologia. Sua paixão pela comunicação começou em um estágio na editora Axel Springer na Alemanha. Foi repórter e editor-assistente no Gizmodo Brasil.

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