Apple conversa com Anvisa para ativar eletrocardiograma do Apple Watch no Brasil
Recurso de ECG do Apple Watch precisa de autorização de órgãos locais e não funciona em modelos vendidos no Brasil
Tanto o Apple Watch Series 4 quanto o Series 5 têm um recurso de eletrocardiograma: eles podem analisar o ritmo dos seus batimentos do coração e identificar fibrilação atrial, um tipo de arritmia cardíaca. A funcionalidade não está habilitada em modelos vendidos no Brasil porque exige autorização de órgãos locais — mas isso pode estar prestes a mudar.
De acordo com o MacMagazine, a Anvisa confirmou que um encontro foi realizado no dia 6 de novembro entre o diretor-presidente William Dib e representantes da Apple. “Neste encontro, a companhia foi informada sobre os requisitos necessários para a regularização do ECG no país — há uma série de autorizações estaduais e/ou municipais necessárias antes da regularização nacional”, diz o site.
O encontro não garante que a Apple habilitará o eletrocardiograma do Apple Watch, mas é um primeiro passo para que o recurso seja ativado em modelos vendidos no Brasil. Atualmente, o ECG só funciona nos Estados Unidos, Canadá, Hong Kong, Singapura e alguns países da União Europeia. O bloqueio é pelo país de compra: se você adquiriu um modelo americano, por exemplo, conseguirá usar o ECG no Brasil.
O ECG registra os impulsos elétricos gerados pelo batimento do coração. O ideal é que o resultado da leitura do Apple Watch seja de ritmo sinusal, ou seja, que o coração bata em um ritmo uniforme. Já uma fibrilação atrial “significa que o coração está batendo com um ritmo irregular entre 50 e 120 bpm”, sendo essa a forma mais comum de arritmia cardíaca, explica a Apple.
Procurada pelo Tecnoblog, a Apple decidiu não comentar sobre o assunto, nem deu prazo para que o recurso de eletrocardiograma seja habilitado no Brasil. Mesmo depois de um pedido de regularização junto à Anvisa, a análise leva em média 60 dias para ser concluída.