Apple vai voltar a usar tecnologia de GPUs da Imagination (PowerVR)
Imagination quase foi à ruína quando Apple pôs fim à parceria, mas agora ambas têm um novo acordo
Imagination quase foi à ruína quando Apple pôs fim à parceria, mas agora ambas têm um novo acordo
A Apple começou 2020 restabelecendo uma parceria que foi “brutalmente” encerrada em 2017. Em abril daquele ano, a companhia decidiu iniciar o plano de projetar GPUs próprias para as linhas iPhone e iPad, o que fez os chips gráficos PowerVR, da Imagination Technologies, não terem mais serventia. Mas, nesta terça-feira (2), as duas companhias voltaram a trabalhar juntas.
Como a Apple era a maior compradora de GPUs PowerVR, o fim da parceria quase levou a Imagination à ruína, tanto que, em dado momento, o valor de mercado da empresa diminuiu em cerca de 70%.
A empresa chegou a iniciar um “processo de resolução de disputa” por acreditar que a Apple não conseguiria criar uma GPU própria sem violar patentes dos chips PowerVR, mas não teve êxito — até então, a Apple não havia anunciado nenhuma GPU, por isso, seria difícil obter algum avanço com o processo.
Não havia outra saída para a Imagination Technologies que não fosse a restruturação do seu negócio. Esse processo levou a empresa a anunciar a venda de suas operações em junho de 2017.
Em novembro do mesmo ano, a empresa de private equity (tipo de fundo que investe prioritariamente em companhias não listadas nas bolsas) Canyon Bridge anunciou a compra da Imagination por 550 milhões de libras esterlinas (na época, um montante equivalente a US$ 740 milhões).
Não está claro o que fez a Apple voltar a firmar uma parceria, mas o fato é que, nesta quinta-feira (2), a Imagination Technologies divulgou em seu site que ambas fecharam um acordo que substitui o contrato que havia sido estabelecido entre elas em 2014.
O novo acordo consiste em uma licença plurianual que permite à Apple ter acesso a uma ampla variedade de propriedades intelectuais da Imagination mediante pagamento.
Como não há outros detalhes sobre o novo contrato, não ficou claro como e em quais produtos a Apple pretende aplicar os recursos licenciados. Os valores envolvidos na negociação tampouco foram anunciados.
Mas uma coisa é certa (ou pelo menos deveria ser): a Canyon Bridge não irá deixar a Imagination ser tão dependente da Apple quanto antigamente.
Com informações: The Verge.