Por US$ 49 bilhões, AT&T compra DirecTV, controladora da Sky no Brasil
A AT&T, segunda maior operadora de telefonia móvel dos Estados Unidos, anunciou na noite de domingo (18) que fechou um acordo para comprar o grupo de TV por assinatura DirecTV em uma transação de 49 bilhões de dólares, o equivalente a 108 bilhões de reais. No anúncio, a AT&T cita as operações da DirecTV na América Latina, onde é controladora da Sky Brasil, com participação de 93%, junto com as Organizações Globo.
Faz só três meses que outra grande aquisição foi anunciada nos Estados Unidos envolvendo companhias de TV por assinatura. Em fevereiro, a Comcast e a Time Warner Cable se uniram para criar a maior empresa do mundo nessa categoria, com 30 milhões de assinantes, em uma transação de 45 bilhões de dólares. Mesmo com a união, AT&T e DirecTV ainda serão um pouquinho menores, com 26 milhões de clientes.
Entre os compromissos firmados pela AT&T para aquisição da DirecTV está a promessa de levar banda larga para mais 15 milhões de residências, especialmente em áreas rurais dos Estados Unidos, onde a AT&T ainda não fornece serviços de alta velocidade. Além disso, a empresa oferecerá conexões de pelo menos 6 Mb/s sem venda casada, e os preços da DirecTV permanecerão os mesmos durante pelo menos três anos.
A DirecTV é apresentada pela AT&T como sendo a maior empresa de TV por assinatura da América Latina, com mais de 18 milhões de clientes e um “potencial de crescimento significativo”. No Brasil, a Sky possui 5,5 milhões de assinantes, de acordo com os dados de março da Anatel. A AT&T diz que apenas 40% das residências da região latino-americana possuem serviço de TV por assinatura e destaca o crescimento da classe média.
49 bilhões de dólares é muita coisa, mas nem tudo será pago em dinheiro: a AT&T ofereceu US$ 95 por ação da DirecTV, sendo que US$ 66,50 serão pagas com suas próprias ações e os US$ 28,50 restantes em dinheiro vivo. Após a transação ser concluída, os acionistas da DirecTV terão algo entre 14,5% e 15,8% das ações da AT&T.
Como toda grande transação, é claro que a conclusão da compra depende de aprovação dos órgãos reguladores, tanto dos Estados Unidos quanto de determinados países da América Latina, para questões envolvendo competição e concentração de mercado. Se tudo der certo, a DirecTV deverá passar para as mãos da AT&T em 12 meses. Para facilitar o processo, a AT&T afirma que pretende vender sua participação na América Móvil, dona da Claro no Brasil.
Com informações: The Wall Street Journal.