Chinesa Baidu compra controle do Peixe Urbano
O grupo Baidu acaba de sinalizar mais uma vez que chegou ao Brasil para ficar: depois de lançar a versão brasileira de seu buscador – o mais popular da China -, a companhia adquiriu o controle do Peixe Urbano. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (9).
A intenção, obviamente, é aumentar a atuação do grupo no Brasil. O segmento de compras coletivas já não mobiliza o mercado como antes, mas a Baidu acredita que o Peixe Urbano ainda tem potencial para ajudá-la em sua expansão – o site é um dos poucos “sobreviventes” de um modelo de negócio que entrou em decadência rapidamente.
Um dos caminhos para este fim pode ser a integração do Peixe Urbano com o serviço de busca. Pelo menos é o que Johnson Hu, diretor geral de negócios globais do grupo chinês, dá a entender: “o investimento no Peixe Urbano permitirá ao Baidu acelerar seu crescimento na internet brasileira e desenvolver com maior velocidade parcerias com fornecedores de serviços que resultem em recursos avançados para nosso buscador em língua portuguesa”.
Em seu comunicado, a Baidu informou que, mesmo se tornando o maior acionista, pretende manter o Peixe Urbano como um negócio administrado separadamente, preservando inclusive a marca e a atual equipe do serviço.
Os valores envolvidos no negócio não foram revelados. Mas, quando a versão brasileira do Baidu foi lançada, a companhia prometeu investir pelo menos R$ 120 milhões no país durante os próximos três anos. É possível que parte deste montante tenha sido direcionada à aquisição do controle do Peixe Urbano.
Apesar de o buscador ter sido lançado no Brasil em junho deste ano, a Baidu atua no país desde o último trimestre de 2013. Os primeiros produtos trazidos pela empresa são aplicativos como Hao123, Baidu Antivirus e PC Faster, todos muito criticados por serem distribuídos na forma de “crapwares” (como você, talvez por experiência própria, deve saber).
O Peixe Urbano, por sua vez, surgiu no início de 2010, e só conseguiu sobreviver ao declínio das compras coletivas por ter passado a se focar também na promoção de ofertas regionais.