Project Loon fecha acordo para oferecer internet via balões no Quênia

Desenvolvidos originalmente pelo Google, os balões do Project Loon levarão acesso à internet a regiões remotas do país

Emerson Alecrim
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• Atualizado há 2 anos e 10 meses
Balão do Loon (imagem: divulgação/Loon)

Aos poucos, o Project Loon começa a cumprir a missão de levar internet via balões a comunidades remotas ou locais com infraestrutura precária: depois de disponibilizar acesso a regiões de Porto Rico atingidas pelo furação Maria no ano passado, o projeto vai prestar serviço no Quênia.

Porém, no país africano, o Project Loon terá como base um acordo comercial. A Alphabet estabeleceu parceria com a operadora Telkom Kenya para aumentar a conectividade no território queniano, especialmente em regiões mais afastadas de centros urbanos ou que não contam com cobertura de telefonia móvel.

Nenhuma das partes deu informações sobre custos ou prazo de implementação, por exemplo. Sabe-se, porém, que caberá à Telkom Kenya disponibilizar o sinal de internet, enquanto os balões do Project Loon se encarregarão de levá-lo a áreas remotas.

O ideal é implementar infraestruturas permanentes de telecomunicações, mas a Telkom Kenya explica que tem dificuldades para executar esses procedimentos em áreas rurais. Nas palavras da operadora, essas regiões são tão distantes que fica difícil instalar fibra óptica ou conjuntos de antenas.

Os balões preencherão essas lacunas. Estima-se que cada um deles pode cobrir áreas de até 5 mil quilômetros quadrados e sobrevoar as regiões atendidas por cerca de 100 dias seguidos.

Project Loon

Um detalhe que chama atenção é o fato de, como já dito, este ser um acordo comercial, o primeiro do tipo fechado para uso dos balões. Isso foi possível porque a divisão responsável pelo projeto — que começou como uma iniciativa do Google — se tornou uma subsidiária da Alphabet e, assim, conquistou alguma autonomia. O nome assumido é o mesmo da tecnologia: Loon.

De um lado, o acordo é interessante pelo potencial de aumentar a conectividade do Quênia. Por outro, levanta preocupações sobre a dependência de uma única solução: se, por alguma razão, a Loon abandonar a parceria, as regiões beneficiadas ficarão sem acesso à internet de uma hora para a outra.

Mas, pelo menos por ora, a expectativa de conectividade parece falar mais alto: prevalece o sentimento de é melhor correr os riscos de se usar uma única solução do que simplesmente ficar sem acesso à internet.

Com informações: BBC.

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Repórter

Emerson Alecrim cobre tecnologia desde 2001 e entrou para o Tecnoblog em 2013, se especializando na cobertura de temas como hardware, sistemas operacionais e negócios. Formado em ciência da computação, seguiu carreira em comunicação, sempre mantendo a tecnologia como base. Em 2022, foi reconhecido no Prêmio ESET de Segurança em Informação. Em 2023, foi reconhecido no Prêmio Especialistas, em eletroeletrônicos. Participa do Tecnocast, já passou pelo TechTudo e mantém o site Infowester.

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