TIM aumenta lucro e troca de presidente no Brasil
Refarming de 2,1 GHz é uma das estratégias da TIM. Stefano de Angelis deixa a cadeira de CEO, que será ocupada por Sami Foguel.
Refarming de 2,1 GHz é uma das estratégias da TIM. Stefano de Angelis deixa a cadeira de CEO, que será ocupada por Sami Foguel.
A TIM anunciou nesta quinta-feira (19) os resultados financeiros do segundo trimestre de 2018 e os italianos têm o que comemorar: a operadora anunciou crescimento de 53,2% do lucro líquido em relação ao mesmo período do ano passado, para R$ 335 milhões.
A receita líquida para o período de abril a junho foi de R$ 4,2 bilhões, um aumento de 5,8% em relação ao segundo trimestre de 2017. O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) cresceu 12,7% ano a ano e 37,6% no período. O Capex (valores investidos) nesse último período foi de R$ 1,02 bilhões, crescendo 25,8% no ano.
A operadora afirma que tais resultados foram possíveis graças a esforços de expansão de clientes de alto valor, o que aumentou o ARPU (gasto médio por usuário) em 13% comparado ao último ano, para R$ 21,90.
A TIM tem apostado na migração de clientes pré-pagos para controle, bem como clientes controle para pós-pago. A operadora registra que 33% da base está em planos pré-pagos não-recorrentes; outros 33% em planos pré-pagos em ofertas recorrentes (como os planos semanais ou mensais); e os 34% restantes em clientes do pós-pago.
No segundo trimestre, 68% do tráfego da rede móvel foi feita pela rede 4G. Como estratégia de rede, a TIM aposta as fichas no refarming da frequência de 2,1 GHz, utilizada anteriormente na tecnologia 3G. A operadora cita a cidade de Teresina (PI), onde o refarming já foi executado e a operadora registrou aumento de 14% na velocidade de download na rede 4G.
O VoLTE segue a todo vapor: já são mais de 5 milhões de clientes utilizando a tecnologia, que permite fazer ligações de alta qualidade pela rede 4G. O serviço está disponível em 1.559 cidades, sendo 22 capitais. A operadora registrou diminuição das quedas de chamada em 57% e o tempo no estabelecimento de chamadas em 44%.
Já os 700 MHz estão disponíveis em 1.131 municípios, atingindo a meta de 40% da população urbana coberta.
A TIM sofre uma importante mudança no comando da empresa. O CEO Stefano de Angelis renunciou à presidência da empresa em função do término do seu contrato de expatriado de dois anos.
Quem assume a posição é Sami Foguel, que tomará posse no dia 23 de julho. Ele é graduado em engenharia pela Unicap e possui MBA pela Universidade de Michigan. Foguel já passou pela Azul Linhas Aéreas como vice-presidente de Customer Operations e Cargo Chief Officer, e como Chief Operating Officer da TAP Portugal.
Com a mudança, Stefano de Angelis se manterá na TIM como membro do conselho de administração para garantir uma efetiva transferência de responsabilidades e suportar uma consistente execução dos objetivos estratégicos.