TIM planeja aumento de preços no pós-pago e controle

Operadora teve faturamento de R$ 23,8 bilhões e aumento nos usuários do pós-pago, mas reduziu investimentos e perdeu clientes móveis

Lucas Braga
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Celular com logo da TIM
TIM divulga resultados financeiros de 2023 (Imagem: Vitor Pádua / Tecnoblog)

A TIM divulgou os resultados financeiros de 2023, e a operadora encerrou o ano com lucro líquido normalizado de R$ 2,69 bilhões, alta de 50,4% em comparação com o ano de 2022. A tele italiana também revelou a intenção de aumentar as mensalidades do móvel e rever ofertas com apps ilimitados.

Confira abaixo os principais indicadores financeiros da TIM Brasil e o comparativo anual:

Indicador20232022%
Receita líquidaR$ 23,83 bilhõesR$ 21,58 bilhões10,6%
Lucro líquidoR$ 2,69 bilhõesR$ 1,79 bilhões50,4%
Custo de operaçãoR$ 12,18 bilhõesR$ 11,34 bilhões7,4%
Capex (investimentos)R$ 4,5 bilhõesR$ 4,7 bilhões-4,8%
Total de linhas móveis (clientes)61,2 milhões62,4 milhões-2%

TIM pode aumentar preços no móvel e tirar apps ilimitados

Um aumento de preços vem aí: após a divulgação de resultados, o CEO da TIM, Alberto Grisseli, informou que a operadora irá reajustar as mensalidades da modalidade pós-pago e controle a partir do segundo trimestre de 2023.

De acordo com informações do Telesíntese, o pré-pago não deve ter aumento de preço imediato, mas a expectativa da TIM é reajustar os preços do TIM Pré Top até o final do ano.

Além da mudança de preços, a TIM irá rever a inclusão de serviços sem descontar da franquia, com a intenção de reduzir a quantidade de plataformas OTT (over-the-top). Vale lembrar que a TIM renovou a parceria com a Deezer.

O anúncio da TIM foi feito após a Claro ter reformulado o portfólio do pós-pago e controle, que ficou pior, mais caro e sem redes sociais liberadas.

Móvel perde clientes, mas cresce em receita

A telefonia móvel é o carro-chefe da TIM Brasil. O segmento representou R$ 21,8 bilhões em receita no ano de 2023, um avanço de 11,1% em comparação com 2022.

A TIM encerrou 2023 com 61,2 milhões de clientes móveis, queda de 2% no número de acessos. Ainda assim, a operadora avançou em 1,6% no segmento pós-pago, que gera receita recorrente e tem maior gasto médio mensal por usuário (ARPU) que no pré-pago.

Fachada de loja da TIM em shopping de SP
Loja da TIM no Shopping Taboão (Imagem: Divulgação / TIM)

Falando em ARPU, a TIM Móvel atingiu o maior valor da história da companhia, com média mensal de R$ 31,1 — salto de 15,8% em comparação com o período anterior. A operadora atribui o aumento de receita graças às mudanças de preço na oferta quinzenal do pré-pago, reajustes de clientes pós-pagos e migração para planos de maior valor.

Em 2023, a TIM também expandiu a cobertura 4G para todos os 5.570 municípios brasileiros, e 5.470 cidades são atendidas com tecnologia VoLTE. No 5G, a operadora encerrou o ano com 209 municípios cobertos.

TIM Ultrafibra tem alta em clientes e salto na cobertura

O serviço fixo ainda é ínfimo no balanço da TIM: ainda que tenha crescido 4,6%, a receita fixa para o ano de 2023 foi R$ 1,23 bilhões.

A base de clientes da banda larga TIM Ultrafibra foi de 802 mil acessos, alta de 12,1% em comparação com o ano de 2022.

A TIM teve um expressivo salto em número de domicílios cobertos (home passed), que atingiu a marca de 11,7 milhões, alta de 93% em comparação com o ano anterior. Isso foi possível após a parceria da operadora italiana com a V.tal, operadora de rede neutra que também abriga a Oi Fibra.

De acordo com a TIM, 69% dos seus clientes de banda larga fixa possuem planos com velocidades iguais ou superiores a 300 Mb/s. O ARPU da TIM Ultrafibra foi de R$ 94.

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Lucas Braga

Lucas Braga

Repórter especializado em telecom

Lucas Braga é analista de sistemas que flerta seriamente com o jornalismo de tecnologia. Com mais de 10 anos de experiência na cobertura de telecomunicações, lida com assuntos que envolvem as principais operadoras do Brasil e entidades regulatórias. Seu gosto por viagens o tornou especialista em acumular milhas aéreas.

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