Segurança é elemento central do Pix, diz Banco Central
Preocupação com segurança cerca Pix, mas Banco Central e instituições reforçam que sistema terá mecanismos de proteção
Preocupação com segurança cerca Pix, mas Banco Central e instituições reforçam que sistema terá mecanismos de proteção
Com a proximidade da estreia do Pix — marcada para o dia 16 de novembro —, a preocupação dos usuários com possíveis fraudes envolvendo transações aumenta. Mas o Banco Central e as instituições participantes sinalizam que medidas para garantir a segurança do sistema serão adotadas desde a fase inicial.
No seminário MobiShop, promovido pelo Mobile Time, Carlos Brandt, chefe-adjunto do departamento de competição e de estrutura do mercado financeiro do Banco Central, explicou que a questão da segurança é tratada como pilar central do Pix desde que o sistema foi idealizado. “Temos os maiores especialistas em segurança discutindo (o tema)”, declarou.
De fato, uma série de mecanismos de segurança estará em curso quando o Pix estrear. Um deles diz respeito à autorização para que as instituições financeiras participantes apliquem limites de valores respeitando determinados critérios e aliviem as eventuais restrições à medida que a experiência com o sistema progride.
Em um workshop promovido no início de outubro, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) explicou, por exemplo, que transferências via Pix poderão ter limites diferentes de acordo com o horário ou dia da semana durante o período entre novembro de 2020 e fevereiro de 2021.
As transações também poderão passar por análises rigorosas antes de serem efetivadas. Via de regra, cada operação de pagamento ou transferência deverá ser realizada em até 10 segundos, no entanto, se a instituição identificar uma movimentação que foge do perfil do cliente, terá até 30 minutos para executar uma análise antifraude ou 60 minutos se a transação for realizada à noite.
De modo geral, as instituições financeiras estão mais preocupadas com um fator de risco que foge do controle sistêmico: as fraudes baseadas em engenharia social. Teme-se, por exemplo, que criminosos façam abordagens via WhatsApp para ludibriar usuários do Pix.
Brandt sinalizada que as instituições terão mecanismos para rastrear transações atípicas, inclusive aquelas realizadas mediante coação. Essa pode ser uma forma de dificultar fraudes por engenharia social. É de se esperar, no entanto, que as instituições também realizem ações para educar clientes sobre os riscos de abordagens via e-mail, mensagens instantâneas e afins.