Brasil tem a maior carga tributária do mundo sobre internet móvel

No Brasil, 40% do preço de planos de internet móvel são destinados a tributos

Victor Hugo Silva
• Atualizado há 3 anos
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O Brasil tem a maior carga tributária do mundo para serviços de internet móvel. A conclusão é da União Internacional de Telecomunicações (ITU, na sigla em inglês), que publicou na terça-feira (11) o Measuring the Information Society Report 2018.

Segundo o levantamento, que analisou a situação em 162 países, o percentual de tributos para serviços de internet móvel no Brasil é de 40,2%. O índice vale tanto para os pacotes pré-pagos, quanto para os pós-pagos.

Apesar da alta carga tributária, o Brasil não é um dos locais com a internet móvel mais cara. Por aqui, para adqurir um pacote pré-pago de 1,2 GB, é preciso desembolsar US$ 14 (cerca de R$ 54). Ao mesmo tempo, um plano pós-pago com franquia de 8 GB custa pouco mais de US$ 34 (R$ 131).

O serviço de internet fixa, por sua vez, tem um nível de tributos semelhante: 40%. Esta é uma das maiores cargas tributárias na categoria entre os países analisados, mas ainda está atrás de Sri Lanka (50%), Jordânia (46%) e Turquia (43%).

O levantamento ainda fez uma comparação de preços com base em um plano com direito a 51 minutos de ligações e 100 mensagens de texto (SMS). No Brasil, esse serviço custa US$ 11 (cerca de R$ 42) e tem uma carga tributária de 40%.

Assim como os planos de internet, o preço também não está entre os mais altos, mas os brasileiros indicam que este pode ser um dos motivos para o crescimento de aplicativos de mensagens. No Brasil, 65% de usuários de celular usam serviços como WhatsApp e apenas 56% usam SMS.

Ainda de acordo com o relatório, um em cada cinco brasileiros sem internet afirma que a principal barreira é o alto preço de aparelhos. O Brasil é o 5º país onde as pessoas mais reclamam dos custos de celulares, ficando atrás apenas de Jamaica, Palestina, México e Zimbábue.

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Victor Hugo Silva

Victor Hugo Silva

Ex-autor

Victor Hugo Silva é formado em jornalismo, mas começou sua carreira em tecnologia como desenvolvedor front-end, fazendo programação de sites institucionais. Neste escopo, adquiriu conhecimento em HTML, CSS, PHP e MySQL. Como repórter, tem passagem pelo iG e pelo G1, o portal de notícias da Globo. No Tecnoblog, foi autor, escrevendo sobre eletrônicos, redes sociais e negócios, entre 2018 e 2021.