Cabo submarino que liga Brasil a Camarões tem capacidade de 32 Tb/s
Ele deve melhorar a conectividade entre as Américas, a África e a Europa
Ele deve melhorar a conectividade entre as Américas, a África e a Europa
Um cabo submarino que liga o Brasil a Camarões terminou de ser construído na segunda-feira (4). Com capacidade inicial de 32 terabits por segundo, ele estava sendo planejado desde 2016 para melhorar a conectividade entre os continentes americano e africano, além de abrir novas possibilidades de rotas para a Europa.
O South Atlantic Inter Link (SAIL) tem cerca de 6 mil km de extensão, partindo de Fortaleza (CE) e atravessando o Oceano Atlântico até chegar à cidade de Kribi, em Camarões. Depois, ele se interconecta a outros 11 cabos terrestres que atravessam o Oriente Médio.
Os quatro pares de cabos de fibra óptica foram construídos pela Huawei Marine Networks e bancados pela China Unicom e pela camaronesa CamTel. A espanhola Telefónica também participou do projeto, fornecendo parte das instalações. Como lembra o TeleSíntese, a estrutura ainda marca o início das operações brasileiras da China Unicom, que deve investir em internet das coisas e carros conectados no pais.
Além de conectar os dois países, a terminação brasileira do SAIL se interliga com os cabos submarinos Sam-1, que dá uma volta de 25 mil km na América do Sul, começando na Argentina, passando pelos Estados Unidos e terminando no Chile; e BRUSA, que liga as cidades do Rio de Janeiro e de Fortaleza à Virginia Beach, nos Estados Unidos.
O SAIL tem vida útil estimada de 25 anos. O valor do investimento não foi divulgado.