Cabo submarino que liga Brasil a Camarões tem capacidade de 32 Tb/s

Ele deve melhorar a conectividade entre as Américas, a África e a Europa

Paulo Higa
• Atualizado há 2 meses
Foto por Global Marine Photos/Flickr

Um cabo submarino que liga o Brasil a Camarões terminou de ser construído na segunda-feira (4). Com capacidade inicial de 32 terabits por segundo, ele estava sendo planejado desde 2016 para melhorar a conectividade entre os continentes americano e africano, além de abrir novas possibilidades de rotas para a Europa.

O South Atlantic Inter Link (SAIL) tem cerca de 6 mil km de extensão, partindo de Fortaleza (CE) e atravessando o Oceano Atlântico até chegar à cidade de Kribi, em Camarões. Depois, ele se interconecta a outros 11 cabos terrestres que atravessam o Oriente Médio.

Os quatro pares de cabos de fibra óptica foram construídos pela Huawei Marine Networks e bancados pela China Unicom e pela camaronesa CamTel. A espanhola Telefónica também participou do projeto, fornecendo parte das instalações. Como lembra o TeleSíntese, a estrutura ainda marca o início das operações brasileiras da China Unicom, que deve investir em internet das coisas e carros conectados no pais.

Além de conectar os dois países, a terminação brasileira do SAIL se interliga com os cabos submarinos Sam-1, que dá uma volta de 25 mil km na América do Sul, começando na Argentina, passando pelos Estados Unidos e terminando no Chile; e BRUSA, que liga as cidades do Rio de Janeiro e de Fortaleza à Virginia Beach, nos Estados Unidos.

O SAIL tem vida útil estimada de 25 anos. O valor do investimento não foi divulgado.

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Ex-editor executivo

Paulo Higa é jornalista com MBA em Gestão pela FGV e uma década de experiência na cobertura de tecnologia. No Tecnoblog, atuou como editor-executivo e head de operações entre 2012 e 2023. Viajou para mais de 10 países para acompanhar eventos da indústria e já publicou 400 reviews de celulares, TVs e computadores. Foi coapresentador do Tecnocast e usa a desculpa de ser maratonista para testar wearables que ainda nem chegaram ao Brasil.